Os cinco homens mais ricos do mundo viram suas fortunas mais do que dobraram desde 2020. O patrimônio líquido dos mesmos aumentou de US$ 405 bilhões para US$ 869 bilhões no período. Isso equivale a uma taxa de cerca de US$ 14 milhões por hora. Elon Musk lidera a lista dos mais ricos do mundo seguido por Bernard Arnault, Jeff Bezos, Larry Ellison e Mark Zuckerberg.
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No entanto, no mesmo período, cinco bilhões de pessoas ficaram mais pobres. Os dados, levantados pela Oxfam e divulgados no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, destacam a enorme divisão entre ricos e pobres.
Desde 2020, a riqueza dos bilionários aumentou três vezes mais rápido do que a taxa de inflação. Por sua vez, os salários de quase 800 milhões de trabalhadores não seguiram o ritmo da inflação, resultando em uma perda coletiva de US$ 1,5 trilhão nos últimos dois anos.
Nos Estados Unidos, de acordo com a organização, os bilionários estão 46%, ou US$ 1,6 trilhão, mais ricos do que em 2020, com os três maiores bilionários aumentando sua riqueza em 84% no período.
“Os EUAs são o lar do maior número de bilionários no mundo, incluindo Elon Musk e Jeff Bezos, nomes que se tornaram sinônimos de riqueza”, disse Abby Maxman, presidente e CEO da Oxfam. “Mas também é lar de dezenas de milhões de pessoas que enfrentam dificuldades desnecessárias todos os dias devido a salários vergonhosamente baixos, um código tributário injusto e serviços públicos escassos, para citar alguns.”
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A pesquisa revela que, embora os países ricos no Hemisfério Norte representem apenas 21% da população mundial, eles detém 69% da riqueza global e são o lar de 74% da riqueza dos bilionários do mundo. Além disso, a posse de ações beneficia esmagadoramente os mais ricos: o 1% mais rico possui 43% de todos os ativos financeiros globais.
De acordo com as projeções da Oxfam, nos atuais índices de progresso, levará 230 anos para acabar com a pobreza, mas o mundo terá seu primeiro trilionário em uma década.
Desigualdade de gênero
Uma descoberta reveladora no relatório é que as mulheres ainda estão significativamente representadas entre os mais pobres na sociedade.
Globalmente, os homens possuem cerca de US$ 105 trilhões a mais em riqueza do que as mulheres. Em 2019, elas ganharam apenas US$ 0,51 para cada US$ 1 em renda do trabalho obtida pelos homens. A Oxfam também constatou que globalmente apenas um terço das empresas são de propriedade de mulheres
“Salários baixos significam que muitos trabalhadores labutam longas horas e ficam presos na pobreza, enquanto as persistentes lacunas salariais de gênero e as pesadas cargas de trabalho não remunerado refletem uma economia global que se baseia na exploração sistemática das mulheres”, escreve a organização.