O bitcoin (BTC) não é listado nas bolsas americanas devido à sua facilidade de manipulação do mercado. No entanto, os investidores individuais dos Estados Unidos podem ter acesso à criptomoeda por meio dos Exchange Traded Funds (ETF) de derivativos de bitcoin e de outras moedas. Esses ETFs tiveram um desempenho significativo no passado, mas a chegada de novos ETFs de bitcoin à vista está ameaçando a dominância e o sucesso desses pioneiros.
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A ProShares foi a primeira a entrar no mercado de ETFs de futuros de bitcoin com o BITO em outubro de 2021. Este ativo arrecadou mais de US$ 1 bilhão no primeiro dia de negociação, tornando-se o lançamento de ETF mais bem-sucedido da história. Desde então, acumulou cerca de US$ 2,5 bilhões em ativos.
Entretanto, o mercado de criptomoedas passou por avanços significativos recentemente. Após a aprovação dos ETFs de criptomoedas pela Securities and Exchange Commission (SEC), realizada em 10 de janeiro deste ano, os novos fundos do mercado acumularam US$ 34 bilhões em ativos em apenas um mês, desafiando o panorama atual para o mercado futuro de criptomoedas.
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“Com a novidade, o apetite dos investidores mudará de produtos que oferecem exposição a futuros de bitcoin para exposição direta”, afirma Kyle DaCruz, diretor de produtos de ativos digitais da VanEck.
Apesar de deter uma participação de mercado de 90% entre os ETFs de futuros de bitcoin, o ETF BITO viu seus ativos sob gestão diminuírem em US$ 126 milhões em apenas um mês, desde 11 de janeiro. As razões precisas para essas saídas significativas são difíceis de determinar, mas uma parte pode ser atribuída à realização de lucros por parte de compradores de curto prazo.
Para a ProShares, esse cenário não representa o fim de seu ETF, mas sim uma oportunidade para lançar novos produtos. Recentemente, a empresa apresentou um pedido para oferecer uma série de ETFs complementares baseados em futuros que adicionam alavancagem aos investimentos indiretos em bitcoin dos fundos. O BITO é apenas um dos mais de 40 produtos negociados em bolsa oferecidos pela ProShares, que tem um total de US$ 64 bilhões de ativos sob gestão.
Vale a pena investir?
Será que existem razões para um investidor alocar em ETFs de futuros em vez de à vista? Existem duas vertentes: um fundo futuro poderia superar o bitcoin em um mercado de criptomoedas em queda, enquanto o BITO pode ter dificuldade em acompanhar os preços à vista com os contratos longos.
“Um ETF de futuros é um produto mais sofisticado, então será menos apropriado para a maioria das pessoas”, diz Ophelia Snyder, co-fundadora e presidente da 21.co. “É um produto estratégico tático, não um produto de comprar e manter.”