A Gerdau apurou declínio de 45,1% no lucro líquido ajustado do quarto trimestre, para R$ 732 milhões, em comparação com um ano antes, em meio a incertezas relacionadas ao cenário macroeconômico internacional, afirmou a companhia siderúrgica em balanço divulgado nesta terça-feira (21).
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Analistas consultados pela LSEG esperavam, em média, lucro de R$ 815,2 milhões para o grupo siderúrgico.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado do período caiu 43,8%, para R$ 2,04 bilhões, na base anual, com margem Ebitda ajustada de 13,9% no período.
“Além da sazonalidade, típica desse período, a continuidade de incertezas relacionadas ao cenário macroeconômico internacional, marcado por conflitos geopolíticos, e o excesso de produção de aço global, impactando o mercado mundial e, em especial, o Brasil, levaram à retração das vendas e pressionaram as receitas da companhia”, afirmou a empresa em relatório de resultados.
A receita líquida da Gerdau somou R$ 14,7 bilhões, um recuo de 18,1% na base anual e queda de 13,8% frente ao terceiro trimestre do ano passado, com a continuidade da entrada excessiva de aço por meio da importação predatória no Brasil, somada ao enfraquecimento dos mercados em algumas regiões onde opera. Ainda assim, o grupo considerou o balanço “sólido e saudável”.
As vendas de aço caíram 0,6% ano a ano e retraíram 3,6% na base trimestral, a 2,66 milhões de toneladas no trimestre, enquanto a produção cedeu 6,2% em relação ao mesmo período de 2022 e caiu 4% contra o terceiro trimestre de 2023, a 2,69 milhões de toneladas.
As quedas nas vendas de aço “refletem o cenário global da indústria do aço, com a continuidade da alta penetração de produtos importados, resultando na deterioração do mercado e em um ambiente de preços internacionais desafiador”, disse a Gerdau.
Quanto ao seu plano de investimentos para o ano, a Gerdau anunciou, em paralelo, um capex estimado em R$ 6 bilhões, voltado para projetos de manutenção e competitividade, conforme fato relevante divulgado ao mercado.
“Do total previsto para o ano de 2024, aproximadamente R$ 1,3 bilhão são investimentos que apresentam retornos ambientais” e projetos direcionados à segurança de pessoal, destacou a empresa no documento.