Apostando no sucesso da Páscoa de 2024, a Nestlé aumentou em 10% a sua produção de ovos de chocolate, atingindo a marca de 13 milhões de unidades produzidas para a data. A expectativa é um pouco superior às projeções da Associação Paulista de Supermercados, que prevê um crescimento de 4,5% em vendas do mercado como um todo.
“A Páscoa é uma data que pega no emocional. Ela fala de compartilhar, ter bons momentos com a família e isso envolve o chocolate”, diz Mariana Marcussi, diretora de Marketing de Chocolates da Nestlé. “Ao contrário do que achávamos, o consumo de chocolate não recuou após a pandemia e isso nos traz uma perspectiva de conseguir capturar mais vendas nos próximos anos.”
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O Brasil representa o maior mercado de chocolates da Nestlé do mundo. Em 2022, o setor movimentou cerca de R$ 22 bilhões, com a venda de 336 mil toneladas, de acordo com os dados da consultoria Euromonitor. Desse montante, 12% é arrecadado durante a Páscoa.
“Além dos ovos, a nossa linha regular também registra um movimento representativo durante a Páscoa, já que as caixas de chocolate e as barras trazem maior democratização para a data”, diz Marcos Freitas, gerente de Marketing da Nestlé Brasil. Com isso, a empresa espera ver um aumento no faturamento da data na base de dois dígitos. Hoje, os dois ovos mais vendidos do mercado são da Nestlé, sendo eles Alpino e KitKat.
Em relação às vendas, o varejo, com as “parreiras” de ovos, continua sendo o maior destaque para a companhia, mas os executivos afirmam que o e-commerce vem ganhando força. “Nós apostamos muito no ecommerce para uma venda complementar aquela que acontece nos mercado na data em si e, apesar de ainda ser muito pequeno em meio ao restante dos pontos de venda, vem crescendo ano a ano”, diz.
Sustentabilidade
A partir deste ano, segundo a empresa, 100% dos ovos serão produzidos com cacau sustentável. Marcussi diz que a Nestlé já tem quatro plantas no país focadas no desenvolvimento da iniciativa e espera desenvolver mais quatro em lugares com menos infraestrutura, como Rondônia.
“Hoje, 45% da nossa produção sustentável ocorre no Pará, 45% na Bahia, 5% fica no Espírito Santo e 5% em Rondônia, mas a nossa perspectiva é aumentar esses números e evoluir na sustentabilidade também além do campo, pensando na logística, embalagens e todos os aspectos do processo”, afirma Marcussi.