Pré-mercado: todos atentos ao índice de inflação mais importante do ano

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Bom dia. Estamos na quinta-feira, 29 de fevereiro.

Cenários

Nesta manhã será divulgado o índice de inflação mais importante do ano até agora. É o Personal Consumption Expenditure (PCE) de janeiro, também conhecido como “inflação do FED”, por ser o indicador preferido do Federal Reserve, o banco central americano.

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O PCE é um índice de inflação com metodologia e escopo diferentes do Consumer Price Index (CPI). Além de usar uma fórmula diferente, o PCE considera mais dados do que o CPI. Não por acaso, sua divulgação ocorre no fim do mês seguinte, ao passo que o CPI é divulgado três semanas antes. Isso leva os índices a mostrar inflações muito díspares.

Segundo a agência Dow Jones, a mediana das expectativas é uma alta de 0,3% dos preços em janeiro, levemente acima dos 0,2% registrados em dezembro. No entanto, a expectativa é que a inflação acumulada em 12 meses deverá baixar para 2,4%, ante 2,6% no acumulado em 12 meses até dezembro.

Perspectivas

Se o PCE de janeiro vier acima do esperado, os profissionais do mercado provavelmente vão esperar que o FED demore mais tempo para começar a reduzir os juros americanos. As expectativas vêm mudando bastante ao longo do primeiro trimestre. Nas últimas semanas, os investidores passaram a esperar que o primeiro corte de juros ocorra apenas na reunião do Federal Open Market Committee (Fomc) agendada para junho. No início de 2024, a quase totalidade das expectativas era que o corte ocorreria já na reunião agendada para 19 e 20 de março.

Na quarta-feira (28), John William, presidente do Federal Reserve regional de Nova York, disse que houve progressos no combate à inflação, mas ainda é preciso fazer mais para que os índices cheguem à meta do FED, que é de 2% ao ano.

As declarações de William estão em linha com os comentários de vários diretores do FED nas últimas semanas. Os membros do Fomc vêm reiterando que as decisões sobre os juros dependem dos indicadores econômicos, e que seriam necessárias mais provas de uma baixa sustentável da inflação antes de as taxas serem reduzidas.