A retração da atividade empresarial da zona do euro perdeu força em fevereiro, com o setor de serviços quebrando uma sequência de seis meses de contração e compensando a deterioração no setor industrial, segundo uma pesquisa.
-
Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar da HCOB, compilado pela S&P Global, subiu para 48,9 este mês, em comparação com 47,9 de janeiro e expectativa de 48,5 em pesquisa da Reuters. Ainda assim, marcou o nono mês abaixo do nível de 50 que separa crescimento de contração.
“Há um vislumbre de esperança à medida que a zona do euro avança para uma recuperação. Isso é particularmente perceptível no setor de serviços”, disse Norman Liebke, economista do Hamburg Commercial Bank.
O otimismo melhorou e as empresas aumentaram o número de funcionários pelo ritmo mais rápido desde julho, em um sinal de que esperam que o impulso continue. O índice de emprego subiu de 50,1 para 51,2.
O PMI de serviços saltou de 48,4 em janeiro para 50,0, excedendo em muito a expectativa da pesquisa de 48,8.
Mas, assim como em janeiro, houve sinais de pressões inflacionárias, com alta tanto no índice de preços de insumos e quanto de produção no setor de serviços.
Isso pode preocupar as autoridades do Banco Central Europeu, que mantiveram a taxa de juros em um recorde de 4% no mês passado e reafirmaram seu compromisso com o combate à inflação, mesmo com os investidores apostando em custos de empréstimos mais baixos este ano.
A retração da indústria manufatureira se aprofundou neste mês, com o PMI caindo de 46,6 para 46,1, contrariando as expectativas em pesquisa da Reuters de um aumento para 47,0. O índice tem estado abaixo de 50 desde julho de 2022.
“O setor manufatureiro é o entrave para a economia europeia. Isso é claramente demonstrado pelo declínio acentuado na produção e pelo peso nas novas encomendas”, acrescentou Liebke.