A Gol divulgou nesta terça-feira (14) um prejuízo líquido recorrente no primeiro trimestre de R$ 130,2 milhões, após um lucro líquido de R$ 136,4 milhões um ano antes, em desempenho afetado principalmente por despesas financeiras.
A companhia aérea entrou em janeiro com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, processo conhecido como Chapter 11, pressionada por dívidas elevadas após queda no tráfego devido à pandemia e atrasos nas entregas da Boeing.
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No mês passado, a Gol perdeu sua posição como segunda companhia aérea do Brasil em participação de mercado para a rival Azul, com seu tráfego medido pela receita por passageiro-quilômetro (RPK) recuando 4,1% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior.
A Gol afirmou no material de divulgação do balanço que permanece “fiel ao seu modelo de negócios de baixo custo e alta produtividade” durante o processo de reestruturação, que considerou necessário para melhorar sua estrutura de capital e criar condições para o crescimento no futuro.
A receita líquida do primeiro trimestre foi de R$ 4,7 bilhões, uma queda de 4,2% na base anual, enquanto o Ebitda (lucro recorrente antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 15,2%, para R$ 1,43 bilhão, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira.
A margem Ebitda cresceu 5,1 pontos percentuais, para 30,3%.
Os números operacionais, em momento de demanda saudável por viagens aéreas no Brasil, demonstram “consistência e eficiência em nossa trajetória durante a reestruturação financeira”, disse o presidente-executivo da Gol, Celso Ferrer.