O Ibovespa fechou com um acréscimo tímido nesta segunda-feira (27), marcada por volume reduzido em razão de feriado nos Estados Unidos, com a Petrobras (PETR4/ PETR3) oferecendo um suporte positivo relevante ajudada pela alta dos preços do petróleo no exterior.
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O Ibovespa subiu 0,15%, a 124.495,68 pontos, após marcar 124.081,39 pontos na mínima e 124.534,59 pontos na máxima do dia, segundo dados preliminares.
O volume financeiro somava R$ 9,2 bilhões antes dos ajustes finais.
Nos Estados Unidos, as bolsas não funcionaram em razão do feriado de Memorial Day.
Em uma sessão de liquidez reduzida no Brasil, o dólar à vista fechou perto da estabilidade ante o real, após oscilar em margens bastante estreitas na ausência de notícias de impacto para conduzir os preços.
O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,1719 na venda, em leve alta de 0,07%. Em maio, a divisa acumula baixa de 0,40%.
Às 17h10, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,04%, a R$ 5,172 na venda.
A semana no Brasil, por sua vez, começou com nova piora nas projeções para a inflação. Pesquisa Focus mostrou que a estimativa para o IPCA em 2024 é agora de 3,86%, ante previsão de 3,80% há uma semana. Para 2025, passou de 3,74% para 3,75%.
As estimativas para a Selic, a taxa básica de juros, porém, foram mantidas tanto para o final deste ano, quanto para o ano que vem, em 10,00% e 9,00%, respectivamente.
Na terça-feira, o IBGE divulga o IPCA-15 de maio, que segundo economistas do Bradesco deve apresentar alta de 0,49%, em resultado pressionado por preços administrados e de alimentos, mas com composição benigna.
Também estão previstos na agenda local na próxima sessão dados do mercado de trabalho (Caged), preços ao produtor, confiança da indústria e resultado primário do governo central.
De acordo com o superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli, com o mercado norte-americano fechado e nova piora na perspectiva de inflação no Brasil, tendo a divulgação do IPCA-15 na terça-feira, prevaleceu a cautela.
“Tal cenário não anima nem o comprador nem o vendedor. Mercado fica sem tendência e sem liquidez”, afirmou.
DESTAQUES
– PETROBRAS PN (PETR4 / PETR3) avançou 1,09%, favorecida pela alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou em alta de 1,2%. PETROBRAS ON subiu 1,02%
– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) recuou 0,35%, enquanto BRADESCO PN (BBDC4) encerrou com decréscimo de 0,31%, tendo como pano de fundo dados do Banco Central mostrando que as concessões de empréstimos no Brasil recuaram 1,6% em abril ante março. BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) ganhou 1,22%.
– VALE ON (VALE3) subiu 0,34%, apesar da fraqueza dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com queda de 1,1%, a 899 iuanes (US$ 124,10) a tonelada.
– RAÍZEN PN (RAIZ4) fechou em alta de 2,47%, experimentando nova trégua após tocar uma mínima de fechamento desde abril na última quarta-feira, a R$ 2,81, completando cinco pregões de baixa. Na sexta-feira, a Raízen inaugurou sua segunda planta de produção de etanol de segunda geração.
– GPA ON (PCAR3) avançou 2,65%, também completando três pregões sem fechar em queda, enquanto, no setor, CARREFOUR BRASIL ON (CRFB3) subiu 0,78% e ASSAÍ ON (ASAI3) registrou uma variação negativa de 0,31%.
– YDUQS ON (YDUQ3) perdeu 3,96%, no terceiro dia de queda, após disparar na esteira de previsões do grupo de educação divulgadas na terça-feira da semana passada.
– AZUL PN (AZUL4) caiu 2,32%, tendo de pano de fundo anúncio de um plano de cinco anos pela Gol para sair da recuperação judicial nos EUA e melhorar os resultados, embora isso deva pressionar as margens em 2024 antes de uma recuperação esperada a partir de 2025. GOL PN (GOLL4), que não faz parte do Ibovespa, recuou 3,55%.