Bianca Andrade, fundadora e CEO da Boca Rosa
A empresária, influenciadora e Under 30 Bianca Andrade está entrando em uma nova fase de sua vida profissional. Após passar cinco anos desenvolvendo maquiagens em parceria com a marca francesa Payot, a Boca Rosa agora está de casa nova e, desta vez, própria. Para desenvolver seus produtos do zero e lançar essa nova era da marca, Andrade afirma que investiu R$ 30 milhões.
“Sempre foi o meu sonho ter uma marca de maquiagem para chamar de minha, mas era algo completamente inatingível para mim”, afirma Andrade. “Porém, ao me desenvolver dentro do mundo digital, percebi que isso não era algo tão distante.”
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Apesar de ter conquistado parte desse sonho ao lado da marca francesa, a empresária começou a se incomodar ao ver que o mercado de beleza e cosméticos brasileiro ainda era dominado pelos homens, apesar das mulheres serem o seu foco. “A maquiagem é feita para a mulher, mas não é desenvolvida por elas, e isso me incomodava muito. Então eu senti que era a hora de mudar esse cenário e tomar as rédeas da minha própria produção”, explica.
Com isso, a reestreia de Boca Rosa tem como objetivo aproximar a marca da mulher brasileira contemporânea, que desempenha diversos papéis na vida pessoal e profissional, e que precisa de uma maquiagem que funcione para ocasiões diversas. O conceito da marca é o de que a maquiagem seja uma aliada na jornada de sucesso do público consumidor, um incentivo à expressão da autenticidade de forma prática, resistente e múltipla.
Assim, para o lançamento de 25 de junho, a Boca Rosa produziu mais de 800 mil unidades de seus 69 produtos disponíveis e espera atingir, entre junho e julho, um faturamento de R$ 30 milhões. Para o semestre, a expectativa é de que esse montante chegue a R$ 120 milhões em vendas.
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Nessa nova fase, a marca espera contemplar cada vez mais as pluralidades do Brasil em seus produtos, e para isso, contou com a consultoria do maquiador profissional Tassio Santos, referência na produção de conteúdo sobre maquiagem para pele negra, ativista de pele e escritor. Nesse sentido, a Boca Rosa se destaca no mercado ao ser a marca que disponibilizará a maior gama de cores na linha de pele entre as empresas brasileiras.
Também pensando em atingir públicos mais distintos, a marca de Andrade desenvolveu o seu e-commerce próprio que venderá para todo o país. Além disso, marca será comercializada nos maiores players do mercado de moda e beleza, como Sephora, Renner, Riachuelo e C&A, além do canal farma e perfumarias do país, como Panvel, Venâncio, Ikesaki, Sumirê, Soneda, entre outros.
Com essas iniciativas e todo o marketing feito pela Boca Rosa Company, holding liderada pela empresária, é esperado que o faturamento atinja R$ 300 milhões em 2025, com mais R$ 60 milhões em investimentos realizados na marca.
No momento, o foco de Andrade é atingir todo o Brasil, mas a empresária não deixa de lado a perspectiva de apostar no mercado exterior no momento certo. “No momento, o nosso foco é no Brasil. Queremos trazer diversidade de cores, entender como o nosso público vai se comportar ao novos produtos e focar neles”, diz a executiva. “Mas, nós temos essa vontade, sim.”
Além de se tornar uma marca global e bilionária, Andrade aponta que pensa em abrir capital na Bolsa de Valores em algum momento no futuro. “Eu sou inquieta e sei que Boca Rosa vai ser gigantesca”, complementa.
Concorrência ou colaboração?
No último ano, as marcas de maquiagem de empresárias brasileiras registraram forte ganho de crescimento. A Bruna Tavares lançou sua primeira loja física, em uma espaço de 200 metros quadrados na Rua Oscar Freire, no coração de São Paulo, com um investimento de R$ 4,8 milhões.
Pouco tempo depois, a Mari Saad, que também tinha uma linha de cosméticos e maquiagens em parceria com a Océane, decidiu seguir carreira solo e lançar sua própria marca, a Mascavo.
Para Andrade, o crescimento do número de mulheres no mercado só o fortalece. “Para nós na Boca Rosa, não existe nenhum tipo de competição”, afirma. “Desde o início do ramo de cosméticos no Brasil, nós nunca tivemos oportunidade de unir forças como mulheres e, agora que nós estamos chegando no topo, precisamos ir de mãos dadas para revolucionar essa indústria.”
