O número de startups de tecnologia financeira, conhecidas como “fintechs”, mais do que quadruplicou nos últimos seis anos na América Latina, mostrou um relatório divulgado nesta quinta-feira, com um especialista apontando para mais espaço para crescimento na região.
As fintechs da região passaram de 703 em 2017 para 3.069 em 2023, segundo relatório compilado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Finnovista, uma empresa de desenvolvimento de fintech.
A maioria das fintechs atuais, 57%, tem como alvo a população sem conta bancária ou “desbancarizada” da América Latina, mostrou o relatório.
A maioria das fintechs que prestam serviços a pessoas desbancarizadas oferece empréstimos, enquanto as fintechs que trabalham com pequenas empresas tendem a ofertar serviços de pagamento, segundo o relatório.
O Brasil lidera a região em número de fintechs, representando pouco menos de um quarto, seguido pelo México com 20%, Colômbia com 13% e Argentina e Chile com 10% cada.
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“Uma coisa que fica clara nos relatórios é a correlação entre os avanços na regulamentação e a capacidade de crescimento em cada país”, disse o chefe de mercados e finanças do BID, Anderson Caputo, em entrevista.
O estudo destacou a implementação de leis e regulações sobre o setor de fintechs no Chile, Equador e Peru nos últimos anos, bem como uma estrutura de “transações instantâneas e open finance” implementada na Colômbia.