A taxa de desemprego no Brasil caiu mais do que o esperado no trimestre até maio, chegando ao patamar mais baixo para o período em 10 anos, com o menor número de pessoas que buscavam uma ocupação desde 2015 e novo aumento da renda.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira (28) que a taxa de desemprego atingiu 7,1% nos três meses encerrados em maio, de 7,8% no trimestre imediatamente anterior, até fevereiro.
O resultado ainda mostrou forte queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando a taxa foi de 8,3%, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), e ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 7,3%.
A taxa de desemprego vem se mantendo em patamar historicamente baixo e analistas avaliam que ela deve se acomodar em torno desses níveis, com um mercado de trabalho aquecido.
Entretanto, isso levanta sinais de alerta para a inflação e a busca da meta pelo Banco Central, que interrompeu o ciclo de afrouxamento monetário com a taxa básica Selic em 10,5%.
Nos três meses até maio, o número de desempregados caiu 8,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior e 13,0% sobre o mesmo período de 2023. Isso levou o contingente de pessoas em busca de emprego a 7,783 milhões, o mais baixo desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.
Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Já o total de ocupados aumentou 1,1% ante o trimestre encerrado em fevereiro e 3,0% sobre o ano anterior, com 101,331 milhões de trabalhadores, novo recorde da série histórica iniciada em 2012.
Também marcaram recordes da série histórica os totais de trabalhadores com carteira no setor privado –38,326 milhões– e sem carteira assinada — 13,674 milhões.
“O crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal. Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes”, explicou a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.
No período, a renda média real voltou a subir, chegando a 3.181 reais, aumento de 1,0% sobre o trimestre imediatamente anterior e de 5,6% ante os três meses até maio de 2023.