O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira (11) pelo nono pregão seguido, completando a maior série de ganhos desde fevereiro de 2018. Nos nove pregões, o índice de ações da bolsa brasileira acumula valorização de 3,56%.
Os ganhos do Ibovespa hoje ocorreram após dados de inflação nos Estados Unidos divulgados pela manhã reforçarem as apostas de um corte na taxa de juros norte-americana em setembro.
O índice subiu 0,85%, a 128.293,61 pontos, de acordo com dados preliminares, marcando 128.326,23 pontos na máxima e 127.220,95 pontos na mínima. O volume financeiro somava R$ 17,5 bilhões de antes dos ajustes finais.
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Para Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, a aprovação da regulamentação da Reforma Tributária pela Câmara trouxe bastante otimismo para o pregão. “Na semana retrasada, tivemos uma tensão em relação a falas do governo e à responsabilidade fiscal”, afirma. Em termos de dados, o CPI americano, como é conhecido o índice de preços nos EUA, trouxe mais um fator positivo. “O esperado era uma alta de 0,1% e o dado veio negativo em 0,1%, então isso aumenta a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) venha a cortar os juros neste ano”, diz Iarussi.
No Brasil, também tivemos dados do IBGE, que acabou mostrando um crescimento de 1,2% nas vendas no varejo em maio. “Isso foi um dado acima da expectativa, já que acabou impulsionando todo o mercado local das varejistas. Lembrando que são ativos muito mais sensíveis ao cenário de juros”, afirma o especialista.
O dólar à vista fechou a quinta-feira (11) em alta no Brasil, com profissionais do mercado citando, para justificar o movimento, certo esgotamento da queda mais recente das cotações. Vale lembrar que no começo deste mês, a moeda norte-americana chegou a testar a marca de R$ 5,70 durante a sessão. Além de alguns efeitos técnicos sobre o real do forte avanço do iene (2,33%) no exterior.
O dólar à vista encerrou cotada a R$ 5,4420 na venda, em alta de 0,55%. Em 2024, a divisa acumula elevação de 12,17%.
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Às 17h11, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,48%, a R$ 5,4560 na venda.
(Com Reuters)