O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira (17), endossado por ganho nas ações de bancos e da Petrobras (PETR3 / PETR4 0,60%). O dia foi marcado por avanço nos preços do petróleo no exterior, enquanto a queda de Vale (VALE3 -0,98%) minou um desempenho mais robusto da bolsa brasileira.
O índice acionário subiu 0,26%, a 129.450,32 pontos, em sessão marcada por vencimento de opções sobre o Ibovespa. O volume financeiro somava R$ 15,96 bilhões antes dos ajustes finais.
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Durante o pregão, o Ibovespa foi até os 129.657,77 pontos na máxima. Na mínima, bateu 128.741,45 pontos, segundo dados preliminares. Ainda assim, o Ibovespa segue a caminho dos 130 mil pontos. Segundo o Itaú BBA, trata-se de uma barreira importante para o desempenho do mercado acionário no médio prazo, podendo disparar uma nova onda de otimismo.
Para Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos o pregão doméstico contrariou a tendência negativa no exterior. “Com a agenda econômica doméstica relativamente tranquila, o foco do mercado está na divulgação do Livro Bege nos Estados Unidos. Esse documento traz um resumo das condições econômicas do país e é cuidadosamente monitorado, pois serve de base para as discussões de política monetária do Federal Reserve (Fed)”, afirma.
No entanto, o Livro Bege não trouxe grandes surpresas. “O documento destacou um crescimento tímido e inflação arrefecendo. No entanto, isso, não sinaliza baixa nos juros americanos. A baixa lá é que vai tornar a bolsa aqui atrativa”, diz Felipe Castro, planejador financeiro e sócio da Matriz Capital.
Dólar mira os R$ 5,50
O dólar, que recuou nos últimos dias após recente alta, volta a subir nesta quarta-feira (17) na expectativa da eleição americana e pela declaração do presidente Lula. “Ontem, o presidente declarou que tem que se convencer de que precisa controlar o gasto público e que não vê problema no déficit fiscal. Essas são afirmações que afastam investidores do país”, afirma Castro.
A moeda norte-americana à vista subiu mais de 1% ante o real, caminhando novamente para os R$ 5,50, com as cotações sendo impulsionadas pelo salto do iene (1 iene = R$ 0,035) no mercado internacional e pelos receios em torno da política fiscal do governo Lula.
O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,4833 na venda, em alta de 1,00%. Em julho, a divisa acumula baixa de 1,89%.
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Às 17h02, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,05%, a R$ 5,491 na venda.
(Com Reuters)