A aversão ao risco ditou o rumo do mercado doméstico nesta terça-feira (23). O Ibovespa fechou em queda firme, enquanto o dólar voltou a se aproximar da marca de R$ 5,60.
Ao final da sessão regular, o Ibovespa caiu 0,96%, aos 126.633 pontos, não muito distante da pontuação mínima do dia, aos 126.530 pontos. Com isso, o índice de referência da bolsa brasileira voltou aos níveis de 8 de julho. No mês, ainda acumula alta de 2%.
Leia também
O Ibovespa operou em queda durante todo o dia, marcando a máxima aos 127.860 pontos na abertura do pregão. O volume financeiro somou R$ 16,2 bilhões. Os dados são preliminares.
Para André Fernandes, chefe de renda variável e sócio da A7 Capital, a queda do Ibovespa nesta terça foi um ajuste técnico devido à forte alta recente. “Entre os dias 19 de junho e 17 de julho, o Ibovespa subiu em linha reta mais de 8%”, lembra. “Então, uma correção é natural”, avalia.
Segundo Fernandes, o forte recuo dos preços do minério de ferro e do petróleo no mercado internacional também prejudicou a bolsa brasileira, impactando ações que têm o maior peso no Ibovespa. Juntas, Vale e Petrobras respondem por cerca de 25% do índice. Entre as ações, Vale ON (VALE3) caiu 1,34% e Petrobras PN (PETR4) cedeu 1,21%.
Bolsa cai, dólar sobe
Já no mercado de câmbio, o dólar voltou a subir, após interromper na véspera três altas consecutivas. A moeda norte-americana subiu 0,34%, cotado a R$ 5,5875. No mês, o dólar está praticamente estável, com leve baixa de 0,06%.
-
Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
O real foi penalizado pela fuga global de ativos emergentes. A cautela dos investidores com a política fiscal do governo Lula potencializou o movimento. “O dólar acompanhou a colocação de prêmios nos juros futuros, turbinado também pelo fortalecimento da moeda dos Estados Unidos no mundo. A queda das commodities também contribuiu para a alta do dólar aqui”, diz o gestor da A7 Capital.