O Ibovespa caiu mais de 1% nesta quinta-feira (18), em meio a um acúmulo de fatores que pesaram negativamente no índice acionário. São eles: queda das ações em Nova York, declínio do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional e preocupações com o cenário fiscal doméstico.
O Ibovespa fechou em queda de 1,39%, a 127.652,06 pontos, perto da mínima da sessão, de 127.522,81 pontos, segundo dados preliminares. Na máxima, chegou a 129.453,81 pontos.
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O volume financeiro somava R$ 18,07 bilhões antes dos ajustes finais.
De acordo com Alexandre Siqueira, analista CNPI-T do Grupo Fractal, o mercado seguiu penalizando as declarações do presidente Lula sobre questões fiscais. “O impacto dessas falas é visível, com o dólar em alta e a bolsa em baixa”, diz.
Outro dois fatores contribuíram para a queda do Ibovespa: a desvalorização do petróleo Brent, que negativamente a Petrobras (PETR3/PETR4), e a queda do minério de ferro, que impactou a Vale (VALE3). “De modo geral, o mercado refletiu os ruídos fiscais e o impacto das commodities, resultando em uma valorização do dólar e queda da bolsa”, resume Siqueira.
Para Anderson Silva, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, o governo ainda não deixou claro se a intenção de corte de gastos é verdadeira. “Os investidores não querem mais pagar para ver, e logo pensam em realizar lucros. Com incertezas pairando sobre o fiscal no Brasil, o dólar volta a ter um dia de alta expressiva”, afirma.
A moeda norte-americana emplacou nesta quinta-feira (18) a segunda sessão consecutiva de forte alta no Brasil, subindo R$ 0,10 centavos. O movimento do dólar foi impactado pelo receio de que o governo Lula não cumpra a meta fiscal.
O avanço firme da moeda dos EUA no exterior também pressionou os negócios locais, em um dia de pressão sobre os países emergentes.
A moeda à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,5872 na venda, em alta de 1,89%. Em dois dias a divisa saltou 2,94%, ou o equivalente a R$ 0,16 centavos.
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Às 17h07, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,77%, a R$ 5,5955 na venda.