O Ibovespa encerrou em queda nesta terça-feira (16), quebrando uma sequência de 11 altas seguidas. Foi, portanto, a primeira sessão negativa do principal índice de ações da bolsa brasileira em julho.
O pregão foi marcado por desempenho positivo em Nova York. Porém, pesou a queda nos papéis de Vale (VALE3 -1,19%) e Petrobras (PETR3 / PETR4 -0,74%), além da reação a novas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva relacionadas á questão fiscal.
O índice acionário perdeu 0,16%, a 129.110,38 pontos, segundo dados preliminares. No pior momento, chegou a perder o patamar de 129 mil pontos alcançado na véspera, a 128.760,81 pontos. Na máxima, marcou 129.520,99 pontos. O volume financeiro somava R$ 15,75 bilhões antes dos ajustes finais.
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Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a bolsa foi bastante prejudicada pelo desempenho das commodities. “Como Vale e Petrobras representam quase 30% do índice, mesmo com uma abertura positiva, o desempenho dessas empresas foi afetado pelas quedas nas commodities, resultando em uma queda das ações e impacto significativo no índice”, afirma.
Além disso, houve queda mais acentuada do dólar e dos juros. “As declarações do presidente Lula geraram preocupações no mercado sobre a ausência de medidas de contingenciamento, que depois foram desmentidas pela equipe econômica”, diz Cruz.
Em contrapartida, a fala do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, no fim da tarde foi bem recebida pelo mercado. Para o especialista, as declarações estavam alinhadas à visão do presidente do BC, Roberto Campos Neto, “com ênfase nas expectativas do Boletim Focus, compromisso com o combate à inflação e atenção ao cenário externo”, afirma o estrategista da RB.
Tanto que o dólar à vista fechou o dia em leve baixa ante o real, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior. O movimento foi guiado pelas apostas de que o Federal Reserve (Fed) começará a cortar juros em setembro.
A moeda encerrou o dia cotada a R$ 5,4288 na venda, em queda de 0,30%. Em julho, a divisa acumula baixa de 2,89%.
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Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,37%, a R$ 5,4415 na venda.
(Com Reuters)