O cenário de juros altos no Brasil e nos Estados Unidos combinado com o risco fiscal esvaziou o interesse dos empresários em abrir capital na bolsa de valores. Em agosto completam-se três longos anos sem que nenhuma empresa tenha tocado a campainha na B3 em uma abertura de capital (Initial Public Offering, IPO).
Porém, se não se animam a listar suas ações em pregão, os empresários seguem ávidos por fazer crescer seus negócios. E um dos caminhos para isso é a chamada expansão inorgânica. Ou seja, a compra de outras empresas ou união com elas, nas operações conhecidas como fusões e aquisições (mergers and acquisitions, M&A).
Leia também
Baixa nos IPOs, alta nas M&As
Há poucas alternativas para além das fusões e aquisições. As últimas ofertas iniciais de ações ocorreram em agosto de 2021, quando Raízen, Vittia e Oncoclínicas estrearam na B3. O mercado esperava uma retomada neste ano. O Bank of America estimava captações de até R$ 120 bilhões em 18 meses. Já o Itaú BBA previa a chegada de cinco empresas na bolsa brasileira.
No entanto, nenhuma dessas expectativas se confirmou. Já o cenário para as M&As é diferente. A expectativa é de que 2024 seja melhor do que 2023, quando as transações globais somaram US$ 3,2 trilhões (R$ 17,6 trilhões), queda de 15% ante 2022, segundo a consultoria Bain & Company.
-
Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Escolhas do editor