Nos Estados Unidos, o 1% dos que ganham os maiores rendimentos no país recebem, pelo menos, US$ 785.968 (R$ 4,322 milhões) por ano. Trata-se de uma quantia considerável para administrar.
Porém, investir, preservar e fazer crescer a riqueza em tal escala requer conhecimento, ferramentas e expertise. Confira, abaixo, algumas das principais estratégias comprovadas que os ricos usam para proteger e amplificar seus ativos — todas elas, claro, são reprodutíveis em uma escala menor.
Leia também
1. Aproveitar o Seguro de Vida
O seguro de vida é tipicamente visto como uma rede de segurança. No caso, o seguro de vida temporário se enquadra nessa categoria. Já o seguro de vida integral é uma forma permanente de proteção, indo além de um mero preservador para se tornar, então, um fator gerador de riqueza.
Os ricos usam o seguro de vida integral como um veículo de investimento legalmente seguro. Nick Robb, diretor administrativo da PH Robb, que aconselha as famílias mais ricas do país, aponta: “A necessidade mais comum de cobertura permanente de seguro de vida é para planejamento sucessório para famílias de alto patrimônio, que usam o benefício por falecimento para pagar alguns ou todos os impostos sobre a herança devidos na morte.”
Robb acrescenta que o seguro de vida integral também possui um componente de crescimento. Os indivíduos podem acessar e emprestar dinheiro de certas maneiras sem provocar um evento tributável.
Os pagamentos de prêmios além do custo do seguro também acumulam dividendos. Ele explica: “Se a apólice de seguro de vida for estruturada corretamente para cumprir com o Código Tributário, qualquer crescimento da conta do valor em dinheiro será isento de impostos sobre a renda.”
Assim, se você deseja criar uma estratégia sólida de geração de riqueza, não subestime a utilidade do seguro de vida integral. Use-o como uma ferramenta de proteção dupla, vista também como de valorização de ativos.
2. Implemente um Planejamento Sucessório Robusto
De maneira semelhante ao seguro, os trusts são outra forma de preservação de riqueza. Neste caso, eles apoiam um forte senso de estabilidade a longo prazo como uma pedra angular das ferramentas de planejamento sucessório. Um trust pode oferecer proteção de ativos e minimizar o imposto sobre a herança. Também ajuda a manter mais controle sobre a distribuição da riqueza.
Os trusts podem evitar drama e custos desnecessários no processo de inventário. O Kiplinger Advisor Collective explica: “O inventário pode levar anos e é público e caro. Uma regra geral é assumir que cerca de 10% do valor bruto dos seus ativos será usado para cobrir o custo desses ativos passando pelo inventário. Esse valor monetário por si só é uma grande razão concreta para que as pessoas tenham um trust — sem mencionar o valor intangível emocional que um trust oferece.”
Os trusts têm diferentes estruturas. É possível usar um trust revogável para manter flexibilidade durante a vida do doador. Já os trusts irrevogáveis são mais rígidos, mas oferecem melhores benefícios fiscais e proteção de ativos. Em qualquer caso, um trust pode proteger a riqueza — e evitar a erosão desnecessária da riqueza no momento da transferência do patrimônio.
Portanto, quem tem um número considerável de ativos para administrar deve considerar como um trust pode entrar na equação. Ou seja, como é possível usá-lo para mitigar impostos sobre a herança, fornecer privacidade e proteger ativos de credores e reivindicações legais, por exemplo.
3. Priorize Investimentos com Eficiência Fiscal
Por último, a maneira como a pessoa investe pode fazer uma grande diferença em quanto da riqueza acaba nas mãos do governo, sob a forma de tributação, em vez de ficar na própria conta bancária. Frequentemente, investimentos eficientes em termos fiscais se resumem ao uso inteligente dos veículos de investimento e estratégias certos — algo que os investidores ricos sempre consideram com cuidado.
Por exemplo, indivíduos de alto patrimônio investem em contas com vantagens fiscais. Eles costumam dividir os investimentos para garantir maior flexibilidade na hora de fazer os saques.
A colheita de prejuízos fiscais também é uma estratégia comum. Elas ocorrem quando os investidores vendem certos ativos com prejuízo para reduzir os ganhos tributáveis em um determinado período fiscal.
Além disso, posicionar estrategicamente certos ativos também pode reduzir impostos. Por exemplo, quando se trata de fundos de ações, a Investopedia diz: “Fundos geridos com foco em eficiência fiscal e fundos negociados em bolsa (ETFs) tendem a ser mais eficientes em termos fiscais, pois geram menos ganhos de capital”. “Já os fundos geridos ativamente tendem a comprar e vender títulos com frequência e podem gerar mais distribuições de ganhos de capital e mais impostos”, conclui.
- Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Com isso, quem deseja investir como os ricos, deve considerar as implicações fiscais de cada movimento financeiro que fizer. Desde o uso de ferramentas como trusts e seguros de vida integral até a consideração das implicações fiscais, há várias maneiras de posicionar seus investimentos para refletir as estratégias dos que ganham mais.
A chave é pesquisar e descobrir como usar as técnicas dos ultrarricos em seu próprio estilo de investimento.