O Banco do Brasil (BB) teve lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões no segundo trimestre deste ano. O resultado representa um crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados na noite desta quarta-feira (7) pelo banco estatal.
Projeções compiladas pela Lseg apontavam lucro líquido de R$ 9,241 bilhões no período. No acumulado da primeira metade do ano, o lucro do BB somou R$ 18,8 bilhões.
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O banco público manteve a previsão de lucro para o ano no intervalo de R$ 37 bilhões a R$ 40 bilhões.
Entre outros dados do balanço, o retorno sobre patrimônio líquido ficou em 21,6% no segundo trimestre, oscilando em baixa ante os 21,7% no primeiro trimestre, mas acima dos 21,3% um ano antes. Além disso, a medida ficou acima dos rivais privados Bradesco e Santander Brasil, mas abaixo do Itaú Unibanco.
Já a margem financeira bruta do BB somou R$ 25,5 bilhões, alta de 11,6% em base anual, mas queda de 0,7% em relação ao primeiro trimestre. Com isso, o banco melhorou a previsão para a margem bruta divulgada anteriormente, prevendo agora um crescimento entre 10% e 13% ante estimativa anterior de alta entre 7% e 11%.
Crédito
No segundo trimestre, a carteira de crédito ampliada do BB cresceu 13,2% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 1,18 trilhão. No período, houve expansão de 6,2% para a pessoa física; 13,2% na pessoa jurídica e de 16,6% no agronegócio.
Já a inadimplência de mais de 90 dias na carteira classificada ficou em 3%, de 2,9% três meses antes e 2,7% em igual período de 2023. O BB segue esperando que a carteira de crédito registre uma expansão entre 8% e 12% no ano.
Já as provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) ampliada aumentou 8,8% ano a ano, para R$ 7,176 bilhões de reais. No entanto, ficou abaixo dos R$ 8,541 bilhões dos primeiros três meses de 2024.
Com isso, o índice de cobertura caiu a 191,3%.
O BB também revisou seu prognóstico para essa métrica em 2024, de entre R$ 27 bilhões e R$ 30 bilhões para o intervalo entre R$ 31 bilhões e R$ 34 bilhões de reais, após o primeiro semestre registrar provisão de R$ 16,3 bilhões.
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Durante teleconferência de resultados, o vice-presidente de gestão financeira do Banco do Brasil, Geovanne Tobias, afirmou que o aumento na estimativa para as provisões de crédito de liquidação duvidosa (PCLD) decorre de um agravamento de risco nas carteiras de micro e pequenas empresas e agronegócio no primeiro semestre.
Contudo, ele ressaltou que esse crescimento nas provisões será amortecido pela expansão da margem financeira do banco, que também teve a faixa estimada para 2024 revisada. Agora, o BB prevê um crescimento entre 10% e 13%, contra estimativa anterior de alta entre 7% e 11%.