Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos aumentaram de forma sólida em julho, sugerindo que a economia permaneceu em terreno mais firme no início do terceiro trimestre. Ao mesmo tempo, esse cenário joga contra um corte de 0,50 ponto percentual (pp) na taxa de juros do Federal Reserve no próximo mês.
Os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, cresceram 0,5% no mês passado. Em junho, houve um avanço não revisado de 0,3%. Os dados são do Departamento de Comércio dos EUA. O resultado ficou em linha com a previsão de economistas consultados pela Reuters.
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Com isso, os gastos dos consumidores mantiveram a maior parte do ímpeto do segundo trimestre, quando ajudaram a impulsionar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA a uma taxa anualizada de 3,0%. A economia cresceu 1,4% no trimestre de janeiro a março.
PCE calibra Fed
Já o índice de preços de despesas consumo pessoal (PCE) subiu 0,2% no mês passado, depois de um aumento não revisado de 0,1% em junho. Os economistas previam que a inflação pelo PCE aumentaria 0,2%. Nos 12 meses até julho, o índice de preços PCE aumentou 2,5%, igualando o ganho de junho.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice de preços PCE aumentou 0,2% no mês passado, igualando o aumento de junho. Nos 12 meses até julho, o núcleo da inflação aumentou 2,6%, depois de avançar a mesma taxa em junho.
O PCE é a medida de preços preferida do Fed. Para William Castro Alves, da Avenue, os números do PCE reforçam a visão dominante no mercado de que é provável que o banco central norte-americano comece a cortar os juros na próxima reunião do dia 18 de setembro.
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Segundo a ferramenta do CME Group, as apostas são de quase 70% de chances de um corte de 0,25pp no mês que vem e cerca de 30% de possibilidade de um corte maior, de 0,50pp.
“Cada vez mais espera-se uma mudança no foco do Fed do combate à inflação, a qual parece bem direcionada para o retorno à meta, para a observação e concentração na evolução dos dados do mercado de trabalho”, diz o estrategista-chefe da Avenue.