Muitas economias, incluindo a dos Estados Unidos, estão seguindo um caminho insustentável, com o aumento das dívidas como um dos principais problemas. A relação dívida/PIB dos EUA ultrapassou 100% em 2013 e atualmente está em 123%.
Globalmente, tanto países desenvolvidos quanto mercados emergentes experimentaram um aumento significativo em suas dívidas. Ao todo, cresceram em US$ 100 trilhões (R$ 560 trilhões) na última década, impulsionado, em parte, por um ambiente de altas taxas de juros.
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O economista Arthur Laffer Jr. prevê que “os próximos 10 anos serão a Década da Dívida”. Para ele, a dívida mundial “está chegando a um ponto crítico.” Nos EUA, o Congresso revisou a definição do teto da dívida 78 vezes desde 1960. O teto deveria servir para limitar gastos e controlar a dívida. Porém, a trajetória atual sugere uma possível crise de dívida.
Ainda que haja um caminho rumo à crise de dívida, a global enfrenta cada vez mais dificuldades. Diante de uma iminente crise, não se deve com ninguém além de si mesmo para salvar suas finanças. É fundamental começar a se preparar agora.
Muito não estão preparados
Infelizmente, muitas pessoas não estão preparadas para enfrentar uma crise de dívida. De acordo com uma pesquisa da Forbes Advisor de 2024, 28% dos americanos têm menos de US$ 1 mil em poupança (R$ 5,5 mil).
Esse é o caso de 32% da geração Z, seguidos por 31% dos Millennials, 27% da geração X e 20% dos Baby Boomers. Além disso, os americanos devem US$ 1,14 trilhão (R$ 6,3 trilhões) em dívidas de cartão de crédito.
Independência financeira é crucial
A falta de poupança e a alta dívida que afetam as pessoas é motivo de preocupação. Por isso, muitos dependerão de outros para sobreviver durante uma crise financeira.
Algumas pessoas acreditam que poderão recorrer à família e aos amigos em uma crise de dívida. Mas durante uma crise, cada pessoa enfrentará suas próprias dificuldades. Parentes e amigos provavelmente estarão tão focados em manter suas próprias necessidades — especialmente se perderem seus empregos — que talvez não tenham poupança suficiente para ajudar os outros.
Economize e investa
Para se preparar para uma futura crise, comece a economizar e investir o máximo que puder agora. Embora possa ser desafiador, é importante começar a economizar uma parte maior da sua renda disponível.
Se gastar menos com coisas desnecessárias e direcionar esse dinheiro para investimentos, é possível estar em uma posição melhor a longo prazo.
Além disso, para aumentar as economias e investimentos, considere iniciar outra fonte de renda, se possível. Não dependa apenas de um emprego ou de um único setor. Se a economia enfrentar uma crise, ter outra fonte de renda passiva e durável é crucial e pode ajudá-lo a se manter financeiramente estável.
Em última análise, ao tomar medidas para aumentar suas economias e investimentos hoje, é possível se proteger das consequências terríveis da próxima crise da dívida.
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Paul Daneshrad é CEO da StarPoint Properties, uma empresa de imóveis e investimentos, e autor do best-seller da Amazon ‘Money and Morons’ (Dinheiro e Tolos).
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