O Ibovespa iniciou o pregão desta quarta-feira (18) em queda, pressionado particularmente pelo declínio do minério de ferro e do petróleo no exterior, enquanto as atenções se voltam para os Estados Unidos, onde o Federal Reserve deve anunciar à tarde um ansiosamente esperado corte na taxa de juros.
Às 10h30, o Ibovespa cedia 0,47%, a 134.325,72 pontos, em sessão ainda marcada por vencimento de opções sobre o índice. O contrato futuro do Ibovespa que expira em 16 de outubro, mais curto, caía 0,81%. O dólar à vista caía 0,22%, a R$ 5,4914 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,07%, a 5,492 reais na venda.
Leia também
Nesta sessão, todas as atenções dos mercados globais estão voltadas para a decisão de política monetária do Fed, a ser anunciada às 15h (horário de Brasília), com apostas divididas entre um corte de 25 ou 50 pontos-base nos juros.
Agentes financeiros estarão atentos também aos comentários do chair do Fed, Jerome Powell, ao fim da reunião de dois dias, e para as projeções econômicas atualizadas dos membros, que devem sinalizar a trajetória dos juros até o fim deste ano e em 2025.
Operadores colocam 65% de chance de um corte de 50 pontos-base na taxa, com probabilidade de 35% de uma redução de 25 pontos. Eles veem 115 pontos de afrouxamento até o fim do ano.
“Os indicadores econômicos recentes para os Estados Unidos, embora ambíguos, têm apontado para uma desaceleração lenta e gradativa da economia, porém que não se encontra fraca”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
“Nesse sentido, faz mais sentido, e parece mais provável, um ajuste de 25 pontos-base, porém investidores continuam em sua maioria apostando em corte mais agressivo”, completou.
No cenário nacional, o mercado aguarda ainda nesta quarta-feira a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) após o fechamento dos mercados, em que se espera uma alta de 25 pontos-base na Selic, atualmente em 10,50% ao ano.
A perspectiva de alta na taxa de juros do Brasil, somada ao início de um ciclo de afrouxamento no Fed, tem ajudado o real em sessões recentes. A moeda brasileira registrou o quinto dia consecutivo de ganhos frente ao dólar na véspera.