O Ibovespa amanhece com uma bateria de indicadores para digerir — do Brasil e dos Estados Unidos.
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Por aqui, é o IGP-M e os números do mercado de trabalho que mexem com a cabeça dos investidores. Lá fora, é a divulgação do PCE, indicador de inflação favorito do Federal Reserve, que é repercutido entre os agentes do mercado.
Até o momento, os investidores adotam uma postura de cautela. Apesar dos índices americanos operarem no azul, o Ibovespa ronda a estabilidade. Por volta das 10h30, a queda era de 0,04%, aos 132.957 pontos. O dólar à vista tem leve alta de 0,03%, a R$ 5,4395.
Inflação americana
A inflação ao consumidor dos Estados Unidos (PCE, na sigla em inglês) apontou uma alta de 0,2% em agosto. No comparativo com o mês anterior, o número indica que a inflação desacelerou. Além disso, o indicador veio abaixo do esperado pelos analistas consultados pela Reuters — 0,3%.
Esse é o indicador de inflação mais acompanhado pelo Federal Reserve, que tem uma meta de 2% ao ano.
O número divulgado hoje dá fôlego para que o BC americano siga a sua trajetória de corte de juros, iniciada na semana passada. Com isso, as bolsas americanas amanhecem em alta de quase 1%.
“Em conjunto com os indicadores robustos do PIB divulgados ontem, os números do PCE de agosto não devem alterar significativamente o plano de voo do FOMC para a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário iniciado em setembro. Independente dos ajustes mais táticos, o cenário vem confirmando o pouso suave e afastando as preocupações mais alarmantes sobre o enfraquecimento da atividade”, afirma Danilo Igliori economista chefe da Nomad.
Mercado de trabalho
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou que a taxa de desemprego do Brasil ficou em 6,6% nos últimos três meses até agosto. O número veio abaixo do esperado pelos analistas, que estimavam 6,7%. O resultado deixa o indicador em seu menor nível desde 2014.
Assim como acontece no exterior, o número divulgado nesta manhã confirma o caminho escolhido pelo Banco Central para a política monetária.
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Na semana passada, o BC voltou a elevar os juros por entender que a economia brasileira apresenta sinais de superaquecimento — baseado em indicadores do mercado de trabalho e crescimento do PIB — e alimenta a inflação.