Quem estava contando com o Federal Reserve e um corte de juros agressivo nos Estados Unidos tomou um verdadeiro banho de água fria logo pela manhã. Dados mais fortes do que o esperado do mercado de trabalho americano fizeram o Ibovespa passar boa parte do dia no negativo.
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O principal índice da bolsa brasileira oscilou entre perdas e ganhos ao longo de todo o dia. No entanto, conseguiu se recuperar e teve leve alta de 0,09%, aos 131.791 pontos. Na semana, o recuo foi de 0,73%.
O dólar à vista, que pela manhã ultrapassou a casa dos R$ 5,50, perdeu força e caiu 0,32%, a R$ 5,4564. No acumulado dos últimos 5 pregões, o avanço foi de 0,37%.
O barril do Brent fechou em alta pelo sexto dia consecutivo, o que ajudou a manter um fluxo de entrada da moeda americana, aliviando o câmbio.
Fed recalculará a rota?
Para Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, o relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, foi o principal motor do dia”, explica.
Os dados vieram muito acima do esperado. A economia norte-americana abriu 254 mil vagas no mês passado. Em agosto, haviam sido 159 mil, com os dados revisados para cima. Economistas consultados pela Reuters previam criação de 140 mil postos de trabalho, contra 142 mil em agosto conforme informado anteriormente.
Com a economia ainda apresentando sinais de aceleração, cresce a leitura de que o Fed deve retirar da mesa a possibilidade de mais dois cortes de 0,50 ponto percentual e manter os juros mais alto por mais tempo.
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“Essa continuidade nos juros elevados impacta negativamente a demanda global e a lucratividade das empresas, o que não é um bom sinal para a bolsa, já que muitos segmentos da economia necessitam de juros mais baixos”, aponta João Kepler, CEO da Equity Fund Group. Apesar disso, os principais índices americanos fecharam em alta de quase 1% e ajudaram o dia do Ibovespa.