O Ibovespa começa a semana com um cenário duplo a ser digerido.
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De um lado, o petróleo despenca mais de 6% após um ataque de Israel contra o Irã. A ofensiva não atingiu instalações petrolíferas e nucleares, o que tira o temor de uma disrupção na cadeia de produção e escoamento da commodity. Na semana passada, a tensão na região havia levado o preço do barril a subir cerca de 4%.
Do outro, o minério de ferro voltou a subir e atingiu a sua máxima em mais de uma semana. O motivo é a ansiedade dos investidores por novos estímulos monetários na segunda maior economia do mundo. Em Dalian, o contrato de maior liquidez, subiu 3,33%.
No meio do cabo de guerra das commodities, o Ibovespa começa o dia no azul. Por volta das 10h30, o principal índice da bolsa brasileira avançava 0,74%, aos 130.851 pontos. O dólar à vista recua 0,16%, aos R$ 5,6976.
Agenda cheia
Depois de algumas semanas com as atenções voltadas para o noticiário corporativo, a agenda de divulgações econômicas dos Estados Unidos começa a ganhar força. Nos próximos dias os investidores devem conhecer a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre e o índice de inflação ao consumidor.
Isso sem falar nas eleições presidenciais que ocorrem no próximo dia 5 de novembro.
Com uma quantidade de variáveis para os próximos dias, os índices futuros em Nova York operam em leve alta.
Balanços ganham força
No Brasil, o grande destaque é a temporada de balanços. Nesta semana, os principais bancos brasileiros irão divulgar os seus números.
Com o fim das eleições municipais, os investidores também aguardam novas informações vindas de Brasília sobre um eventual ajuste fiscal. Nas últimas semanas circularam diversos rumores de que a equipe econômica estaria preparando um pacote para conter a deterioração das contas públicas.
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A preocupação com a saúde fiscal do país é hoje um dos principais elementos de cautela tanto para o Ibovespa quanto para o câmbio.