Com as ações do Walmart atingindo um patamar recorde, Rob Walton, filho mais velho do fundador do gigante do varejo, Sam Walton (falecido em 1992), viu seu patrimônio estimado chegar a US$ 100 bilhões (R$ 546 bilhões), tornando-se o primeiro membro da família mais rica dos Estados Unidos a ostentar uma fortuna de 12 dígitos.
As ações da varejista subiram 54% neste ano, impulsionadas pela adesão dos consumidores à campanha “Preços Baixos Todos os Dias”, que busca combater a alta inflação. Com isso, Rob Walton, de 79 anos, ocupa a 16ª posição entre as pessoas mais ricas do mundo, à frente de seu irmão Jim Walton, de 76 anos, e de sua irmã Alice Walton, de 74 anos, cujos patrimônios são de US$ 98,8 bilhões (R$ 539 bilhões) e US$ 91,3 bilhões (R$ 498 bilhões), respectivamente. Em 5 de setembro, Alice Walton recuperou o título de mulher mais rica do mundo pela primeira vez desde maio de 2022, superando a herdeira da L’Oréal, Françoise Bettencourt Meyers, que brevemente se tornou a primeira mulher centibilionária em junho, mas agora vale US$ 87,4 bilhões (R$ 477 bilhões).
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Rob Walton se junta a um seleto grupo de 15 pessoas com fortunas que ultrapassam os US$ 100 bilhões, incluindo o homem mais rico do mundo, Elon Musk (patrimônio líquido estimado: US$ 265,5 bilhões), o francês do setor de luxo Bernard Arnault (US$ 175,5 bilhões) e o cofundador e CEO da Nvidia, Jensen Huang (US$ 106,7 bilhões). Em 2021, apenas quatro pessoas tinham fortunas que alcançavam 12 dígitos, e um ano antes, havia apenas uma: Jeff Bezos.
Trajetória de Rob Walton
Rob Walton estava a apenas dois meses de completar 18 anos em 1962, quando seu pai abriu a primeira loja Walmart em Rogers, Arkansas. Após se formar na Universidade de Arkansas em 1966, ele ingressou na faculdade de direito da Universidade de Columbia e ajudou a levar o Walmart ao mercado de ações em 1970. Walton se uniu à empresa da família em 1978 e foi nomeado vice-presidente quatro anos depois. Quando seu pai faleceu em 1992, ele assumiu a presidência.
Rob se aposentou do conselho do Walmart em junho, após mais de quatro décadas como diretor, incluindo mais de 20 anos como presidente — cargo que passou a ser ocupado por seu genro Greg Penner desde 2015. Penner também sucedeu Walton como proprietário controlador do Denver Broncos, equipe da NFL, em outubro passado, após um grupo liderado por Walton adquirir a equipe por um recorde de US$ 4,7 bilhões (R$ 25,3 bilhões) em 2022.
Apesar de ter vendido mais de US$ 28 bilhões (R$ 152 bilhões) em ações do Walmart e doado mais de US$ 11 bilhões (R$ 60 bilhões) em ações da varejista ao longo da última década, os herdeiros de Sam Walton ainda detêm 45% da gigante, devido a significativos programas de recompra de ações que impediram a diluição da participação da família. A Forbes estima que três quartos das ações da família estão divididos quase igualmente entre os clãs de Rob, Jim e Alice Walton, enquanto o restante pertence aos herdeiros de seu irmão John Walton (falecido em 2005): sua viúva Christy Walton, de 75 anos, e seu filho Lukas Walton, de 37 anos, que possuem fortunas de US$ 17 bilhões (R$ 92 bilhões) e US$ 35,1 bilhões (R$ 191 bilhões), respectivamente.
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Enquanto Alice Walton se dedica a curadoria de arte e a outras formas de filantropia, Jim Walton foi substituído por seu filho Steuart Walton no conselho do Walmart em 2016, mas ainda preside o Arvest Bank Group, que possui US$ 26 bilhões (R$ 141 bilhões) em ativos. Com as ações do Walmart em alta, tanto Jim quanto Alice podem em breve se juntar ao irmão — que, segundo a Forbes, doou um pouco menos de suas ações do Walmart, dinheiro e outras ações — no clube dos US$ 100 bilhões.