O presidente eleito Donald Trump recebeu uma série de telefonemas de congratulações de vários líderes mundiais na quarta-feira (06), durante os quais discutiram uma variedade de questões globais, incluindo os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio.
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Fatos Principais
O escritório do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu informou que ele foi um dos primeiros líderes mundiais a ligar para Trump. Segundo o comunicado, os dois tiveram uma conversa “calorosa e cordial” e “concordaram em trabalhar juntos pela segurança de Israel”, além de discutirem “a ameaça iraniana”.
O gabinete do presidente francês Emmanuel Macron disse que ele teve uma “conversa muito boa de 25 minutos” com Trump, na qual Macron “enfatizou a importância do papel da Europa” e manifestou disposição para trabalhar em conjunto em temas como “Ucrânia e Oriente Médio”.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy — que teve um relacionamento tenso com Trump no passado — escreveu no X que teve uma “excelente ligação” com o presidente eleito, durante a qual ambos concordaram em “manter um diálogo próximo” e “avançar a cooperação”.
O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol parabenizou Trump recitando o slogan do presidente, “Make America Great Again” (Tornar a América Grande Novamente), antes de discutirem os novos mísseis balísticos intercontinentais da Coreia do Norte e de Yoon pedir o estabelecimento de uma “postura de segurança perfeita entre Coreia do Sul e EUA”.
A ligação do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau com Trump focou em questões comerciais, incluindo o “Acordo Estados Unidos-México-Canadá” — que foi negociado durante o primeiro mandato do presidente eleito — e no “interesse compartilhado em cadeias de fornecimento seguras e confiáveis e no combate a práticas comerciais desleais na economia global”.
O primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba disse a repórteres que sua ligação com Trump foi “amistosa” e que ele está planejando encontrar o presidente eleito pessoalmente ainda este mês, durante uma “parada” nos EUA após participar da cúpula do G20 no Brasil.
O gabinete do primeiro-ministro britânico Keir Starmer informou que sua ligação com Trump discutiu a “relação especial” entre o Reino Unido e os EUA e também abordou a “situação no Oriente Médio”, ressaltando a importância da estabilidade regional.
Trump também recebeu telefonemas de congratulações de outros líderes, incluindo o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, o líder de facto da Arábia Saudita, Príncipe Mohammed bin Salman, e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.
Frase de destaque
Segundo a mídia estatal chinesa, o presidente do país, Xi Jinping, enviou uma mensagem de congratulações a Trump e disse: “Uma relação China-EUA estável, saudável e sustentável está nos interesses comuns dos dois países e nas expectativas da comunidade internacional.” Citando duas fontes anônimas, a CNN relatou que Xi teria conversado com Trump por telefone, embora não haja confirmação oficial até o momento.
Observação adicional
O primeiro-ministro húngaro de extrema direita Viktor Orbán, um dos mais fervorosos apoiadores públicos de Trump, tuitou: “Ligação de Mar-a-Lago. Acabei de ter minha primeira conversa telefônica com o presidente Donald Trump desde as eleições. Temos grandes planos para o futuro!”
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A reação pública do governo russo à vitória de Trump tem sido morna até o momento. Na quarta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que não tem conhecimento de quaisquer planos do presidente russo, Vladimir Putin, para parabenizar Trump pela vitória. “Não devemos esquecer que estamos falando de um país hostil que está direta e indiretamente envolvido em uma guerra contra nosso estado”, disse Peskov. O porta-voz do Kremlin descartou a sugestão de que a falta de uma ligação de congratulações de Putin poderia piorar os laços EUA-Rússia, afirmando: “É quase impossível piorá-los ainda mais, as relações estão em seu ponto historicamente mais baixo.”