O acordo entre o Mercosul e a União Europeia terá um impacto positivo de 0,34% sobre o Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) em 2044, estimou o governo brasileiro nesta sexta-feira (06), após os dois blocos anunciarem a conclusão das negociações para um acordo de livre comércio.
Esse impulso representaria R$ 37 bilhões, considerando o ano base de 2023.
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Em documento divulgado à imprensa, o governo também estimou, sem detalhar, que o acordo terá um impacto de 2,65% sobre as exportações totais (R$ 52,1 bilhões) e de 2,46% sobre as importações (R$ 42,1 bilhões), também em 2024.
Também estão sendo previstos para o mesmo horizonte um aumento de 0,76% nos investimentos no país e uma redução de 0,56% no nível de preços ao consumidor, além de um aumento de 0,42% nos salários reais.
O acordo
Depois de mais de 25 anos de negociações, o acordo Mercosul e União Europeia (UE) foi concluído. A informação foi divulgada pela Comissão Europeia, o braço executivo da UE, nesta sexta-feira (6), durante a reunião do bloco sul-americano, em Montevidéu. O acordo entre os blocos facilitará o comércio e os investimentos entre os países, que representam praticamente um quarto de todo o PIB mundial, com US$ 22 trilhões (R$ 132 trilhões).
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, classificou o acordo como uma “vitória para a Europa”. A assinatura do acordo ainda em 2024 era uma luta do Brasil e até uma briga pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como mostrou a Forbes, o acordo não é considerado o ideal, mas o melhor que poderia ser feito diante de um forte e intenso lobby. A exigência de cotas para proteger o agronegócio europeu ou a indústria sul-americana diminui o impacto da liberalização da economia que o texto poderia trazer.