Entre todos os presentes que o presidente Javier Milei guarda em seu gabinete na Casa Rosada, há um que se destaca. No centro da mesa principal repousa “La Sierra del Poder”, do artista Tuti Di Tella. É uma motosserra revestida em bronze polido, com 8 quilos, contendo a frase “As forças do céu” gravada a laser na lâmina de 75 centímetros. O presidente a deixou em um local de destaque “para que os ministros saibam que estamos só começando”.
Milei recebeu a Forbes na Casa Rosada poucos dias antes do Natal em sua primeira entrevista desde a posse. Ele antecipou seu plano econômico para 2025 e detalhou suas metas para o próximo ano: mais reformas estruturais, redução da inflação e os três passos para acabar com o controle cambial. Ele negou a existência de atraso no câmbio e respondeu a quem compartilha sua visão de país, mas não seus métodos.
O senhor é um outsider na política. No nível pessoal, qual foi o maior desafio e qual a maior satisfação ao longo deste ano?
Sem dúvida, sou um outsider. Nunca esteve nos meus planos ser presidente, até que algumas coisas aconteceram. Houve a perseguição do governo de Alberto Fernández . Fui censurado em minha expressão, com consequências para meu fluxo de receitas , e então precisei me envolver, mas considerava muito improvável obter um resultado que nos permitisse chegar lá.
Qual é o balanço do primeiro ano de gestão?
Cumprimos o que prometi na campanha: reduzir a inflação, libertar a economia de tantas restrições, realizar reformas estruturais, acabar com a insegurança e, no plano internacional, alinhamento com os Estados Unidos e Israel. Do ponto de vista da política econômica, fizemos o maior ajuste fiscal da história da humanidade (5 pontos no Tesouro, 10 no Banco Central). Alcançamos o equilíbrio fiscal no primeiro mês. No balanço do Banco Central, no sexto mês eliminamos o déficit quase fiscal. Isso não estava nos manuais de ninguém e hoje é motivo de admiração mundial. Ao mesmo tempo, reforçamos o ajuste para oferecer suporte social. Enquanto o governo anterior cobria 50% da cesta básica, hoje cobrimos 100%. Acabamos com os piquetes e os intermediários da pobreza, reduzimos o Estado a 8 ministérios, eliminamos secretarias e subsecretarias, e realizamos uma reforma estrutural oito vezes maior que a de Menem.
Combate à inflação
Em quanto tempo o senhor acredita que a Argentina poderá alcançar uma inflação de 2% ao ano? Ao final de seu mandato, qual é sua meta para a inflação?
A inflação no atacado é um indicador antecedente importante. Recebemos em dezembro uma inflação de 54%, equivalente a 17.000% ao ano. O último dado foi de 1,4%, ou seja, um pouco mais de 15%. Reduzimos substancialmente a taxa de inflação.
Mas a inflação ao consumidor está em 2,4%…
O 2,4% está quase alinhado com a âncora cambial [em que o governo promove pequenas depreciações diárias do peso em relação ao dólar]. Se decompor o IPC entre bens e serviços, onde os serviços são fortemente impactados pelos ajustes tarifários, a inflação de bens está em 1,6% e a de serviços, em 4,4%. Estamos corrigindo o desastre deixado pelo kirchnerismo, que usou as tarifas politicamente para tentar conter a inflação. Nesse contexto, os bens estão com inflação em torno de 1%, 0,9%, o que também é deflação. Em alimentos e bebidas, estamos em 0,9%, uma deflação ainda mais acentuada.
Como nas dietas, os primeiros quilos não são fáceis de perder, mas os últimos são sempre os mais difíceis…
É verdade. Primeiro, é preciso aceitar que essa redução está fora dos manuais. A evolução já é mais significativa que a da Convertibilidade, o programa econômico mais bem-sucedido da história argentina. Este programa é melhor e muito mais consistente porque foi construído com base no equilíbrio fiscal. Além disso, conseguimos sem uma hiperinflação prévia, sem uma expropriação como o Plano Bonex, sem controles de preços, sem fixar o câmbio e recompondo tarifas.
Qual é o plano para reduzir a inflação nesta etapa e acabar com o controle cambial?
A ãncora cambial gera uma inflação induzida de 2,5% ao mês. Na medida em que conseguirmos outro mês com inflação em torno de 2,5%, poderemos reduzir a âncora cambial para 1%, e assim teremos uma meta de inflação de 1,5%. Se isso se mantiver, estaremos em condições de adotar uma flutuação cambial limpa. Se resolvermos o problema de estoques do Banco Central e a base monetária tradicional coincida com a base monetária ampla, estaremos prontos para abrir o controle cambial. Essas três metas precisam ser atingidas para que possamos liberar o câmbio sem gerar instabilidade na demanda por dinheiro. Esse é o ponto central. Já temos menos inflação que o resto do mundo, porque, eliminando a âncora cambial, estaríamos em deflação.
Como se encaixa, nesse contexto, o fato de que ir de férias ao Brasil é mais barato do que à costa argentina? Isso não seria uma anomalia?
Não considero uma anomalia. A verdadeira anomalia foram os últimos 20 anos na Argentina. Há uma discussão subjacente sobre se o câmbio está defasado ou não. Em 2002, ninguém viajava de férias. Tínhamos um superávit em conta corrente, que chegou a 16% do PIB, depois caiu para 8%, e o dinheiro entrava no país aos montes. A pergunta é: estávamos bem? Não, porque foi um dos piores momentos da história argentina. Quando você faz tudo errado, sua moeda se desvaloriza e os salários reais são destruídos. Eu prefiro salários de US$ 1.100 (R$ 6.820) a salários de US$ 300 (R$ 1.860).
Mas não considera que hoje há defasagem cambial?
Sobre essa questão, vou destacar um ponto: um sinal de câmbio defasado é quando a taxa é fixa e você perde reservas. Nos últimos 12 meses, a Argentina comprou cerca de US$ 25 bilhões (R$ 155 bilhões). Outro sinal seria cobrir essa defasagem com endividamento, mas no último ano o país quitou US$ 35 bilhões (R$ 217 bilhões) em dívida. Por fim, seria manter o dólar estável com aumento de juros. Recebemos a economia argentina com juros de 235% e hoje está em 35%. Ou seja, nenhum dos mecanismos que geram apreciação cambial está presente.
Você é o primeiro presidente argentino economista. Como é o vínculo com o ministro da Economia?
É fabuloso. Temos um vínculo simbiótico. Tenho orgulho e estou feliz não só por ter escolhido uma pessoa verdadeiramente brilhante como o Toto Caputo, mas também porque ele é um excelente ser humano, e me gerou uma enorme felicidade o fato de ele ter sido condecorado como o melhor ministro da Economia do mundo.
Livre comércio e Mercosul
Levando em conta o seu vínculo com Trump, que abre uma nova fase na relação entre os EUA e a Argentina, imagina, dentro deste primeiro mandato, um eventual tratado de livre comércio com os EUA?
Esse é o objetivo.”
Qual é o papel do Mercosul em um possível acordo de livre comércio com os EUA?
Atualmente, sou o presidente do Mercosul. Propus três pontos: uma agenda de segurança contra o narcoterrorismo; internamente, reduzir a tarifa externa, eliminar barreiras para-tarifárias e transformar o bloco em algo além de uma união aduaneira disfuncional. Também defendi que cada país tenha liberdade para negociar acordos de livre comércio. Caso contrário, o Mercosul se torna um fardo. Não digo sair do Mercosul, mas mudar as condições de relacionamento. Vamos avançar em um tratado de livre comércio.
Uma das prioridades para 2025 é a reforma trabalhista e tributária?
Sem dúvida. Apresentamos uma reforma trabalhista dentro da Lei Bases, que está funcionando bem. Ela permitirá ampliar o mercado de 6,5 milhões para 14,5 milhões de trabalhadores, o que melhorará drasticamente os números previdenciários e, consequentemente, as aposentadorias. Hoje, elas são mais altas que antes e mais que dobraram em dólares. Reduzimos a pobreza de forma significativa, mas os números semestrais escondem a gravidade da crise herdada, que só foi exposta quando a bomba foi desativada. Na Argentina, pobreza é medida por cestas básicas e os cálculos mostram que já estamos avançando.
Em que investiria hoje Javier Milei se fosse empresário na Argentina?
Hoje, trabalho como presidente. Mas a Argentina é um bom negócio, porque tem potencial de crescimento, há recuperação cíclica impulsionada por salários e aposentadorias, além da recomposição de estoques. Ao mesmo tempo, o equilíbrio fiscal fez com que o risco-país caísse de 3.000 pontos, quando ganhamos a eleição, para menos de 700 hoje, o que reduz o custo de capital e favorece os investimentos. Estamos eliminando a inflação, o que corrige distorções nos preços relativos e favorece a acumulação de capital. Estamos reduzindo impostos. Fizemos 800 reformas estruturais. Todos os dias eliminamos regulações. O ministério de Federico Sturzenegger — que também é fantástico — remove entre três e quatro regulações por dia. Unimos o trabalho de Federico com o que Rodríguez Chirilo havia realizado intensamente na reforma do Estado. Essa foi a primeira etapa; agora vem a “motosserra profunda”. Fizemos um grande corte inicial e, agora, vamos às mudanças mais profundas, que não incluem apenas desregulamentar e eliminar entraves, mas também realizar uma nova reforma do Estado para reduzi-lo ainda mais.
Reforma do Estado
Quais são os pontos mais destacados que veremos em 2025 com essa intensificação da “motosserra”?
Continuaremos eliminando regulações. Este ano subimos 70 posições no ranking de liberdade econômica. Saímos do grupo dos piores 35 para o meio. E só implementamos um quarto das reformas; ainda temos 3.200 pendentes. Vamos avançando à medida que o Congresso permitir. Seguiremos com uma agenda de privatizações e com a ampliação da reforma trabalhista. Na medida em que essa reforma avance, poderemos implementar uma reforma previdenciária. Além disso, eliminaremos cerca de 90% dos impostos — não da arrecadação —, chegando a um sistema com no máximo seis impostos.
Tudo isso em 2025?
Sim, essas são as metas que estamos impulsionando para 2025.
A frase do economista Jorge Bustamante: “O problema da Argentina são os lícitos, não os ilícitos.”
Não conhecia, mas essa frase é brilhante. Os kirchneristas eram homens das cavernas. Literalmente. Queriam controlar os preços enviando milicianos aos supermercados. Entravam com coletes para intimidar e controlar pela força. Isso só gerava escassez. Já no Juntos pela Mudança, a monumentalmente ignorante Carrió é responsável pela Lei das Gôndolas, que é uma espécie de controle de preços. A diferença é que, enquanto os kirchneristas mandavam milicianos, covardes como Carrió ou Prat Gay mandavam as forças de segurança, mas, na prática, era a mesma coisa. É grave.
Política e popularidade
Em geral, um terço do eleitorado nunca o apoiará; outro sempre estará ao seu lado. Há um terceiro grupo flutuante na Argentina. O que diria a esse setor neste ano de ajustes?
Que pulverizamos a inflação, o que era uma promessa de campanha, e cumprimos. O ajuste recaiu sobre a casta — é mentira que caiu sobre o povo —, porque, ao cortarmos as obras públicas, atingimos os ladrões da política. Quando reduzimos transferências discricionárias às províncias, isso atingiu a casta. Quando diminuímos em 10 pontos o déficit quase fiscal, tiramos isso dos bancos. Quando reduzimos os ministérios de 18 para 8, eliminamos secretarias e subsecretarias, quem foi afetado? Também afetou os funcionários públicos, mas acho que todos concordamos em demitir servidores e reduzir salários no setor público. Não podem reclamar das aposentadorias, pois estão em termos reais acima do que recebemos. Menos ainda o governo anterior, que as reduziu em mais de 30%. Temos uma economia com muito menos inflação, em um caminho de crescimento; uma economia cujo PIB cresce em termos per capita; salários reais em alta; menos pobreza e indigência; eliminamos os bloqueios nas ruas; os setores vulneráveis estão sendo apoiados até se reintegrarem; e somos um país modelo internacionalmente, reconhecido pelas grandes potências.
O que você diria aos que o apoiam, mas que se sentem incomodados pelo seu estilo e suas formas?
Vamos supor o seguinte. Eu te dou duas caixas fechadas para escolher. Uma é muito feia e a outra esteticamente impecável. A caixa que tem um monte de falhas estéticas está cheia de barras de ouro. A muito bonita está cheia de esterco. Com qual você ficaria? Que priorizem que estamos fazendo o melhor governo da história. Talvez essa coragem que me reconhecem tenha como contrapartida que eu tenha formas ásperas. Mas resolver os problemas que a Argentina tinha quando chegamos exigia uma boa dose de coragem. Foi isso que os argentinos votaram. Você acha que os argentinos não sabiam que eu sou uma pessoa áspera?
Eles questionam que esses modos podem ser prejudiciais para a república…
Sim, também existem todos esses republicanos bobos que parecem adolescentes com déficit de QI, que falam sobre as instituições. Alguma vez eu violei a Constituição? Os imbecis disfarçados de constitucionalistas que me acusam de fazer decretos, isso não está previsto dentro da lei? “Não gosto disso”. Isso é uma questão de preferência, não estou violando as instituições . Porque a casta não são apenas os políticos corruptos, são também os empresários mafiosos, os sindicatos que fazem coisas nas costas dos seus trabalhadores e os institutos de pesquisa que vendem as pesquisas com o número que você quer, os jornalistas vendidos.
Imprensa
Permita-me ser corporativo, Presidente. Quando diz “jornalistas vendidos”, você tem que ter alguma prova, senão é uma acusação muito forte…
É correto que os jornalistas mintam, caluniem, injuriem e extorquem as pessoas? No mundo de hoje, que é mais horizontal, onde os meios perderam o monopólio da palavra, se eles atacam, têm que aguentar a resposta. Você iria a uma luta de boxe onde um dos lutadores está amarrado e o outro pode bater nele à vontade? As redes sociais quebraram essas amarras. Aqueles pugilistas que se achavam tão grandes e fascinantes não são nem grandes nem fascinantes; e o outro, tão calejado de tudo que já levou, toda vez que ele dá um soco, derruba o adversário.
A extorsão é um crime, é outra coisa.
O dia em que pararem de mentir como fazem, de caluniar como fazem, poderão ter uma pretensão moral de ser tratados como seres nobres. Enquanto não fizerem isso, não esperem ser tratados como reis e deuses enquanto se dedicam a sujar e denegrir a vida das pessoas.
Mas, Presidente, digo para diferenciar entre uma crítica ou uma opinião com a qual o senhor não concorda, e uma acusação de um crime.
Eu tive a campanha mais suja da história da humanidade. Não tenho problemas com críticas, sou contra a mentira, o problema é que muitos jornalistas mentem. Outro dia estávamos conversando em Olivos com o professor Juan Carlos de Pablo: “Fale durante cinco minutos sobre um tema que você conhece, mas se grave. Quando transcrever, você vai ver que disse um monte de bobagens.” Isso sobre um tema que você sabe. Imagina os jornalistas, que são um oceano de um milímetro de profundidade. Porque, em geral, são todos uns ignorantes; opinam sobre Economia e não sabem nada de Economia; opinam sobre Direito e não sabem nada. Ficaram com a ideia dos editorialistas da década de 1980, mas para isso você tem que ter outras virtudes. Perderam o foco central. No jornalismo, a estrela é a notícia, não a opinião de alguém que não tem formação sobre o assunto. Para que me serve a opinião de um milhão de pessoas sobre economia se não sabem nada?
Personalidade e família
O senhor não está disposto a que a Presidência domestique o “Javo” Milei…
Não estou disposto a mudar. Me votaram por ser como sou. Eu não sou um produto do coaching. Não vou me transformar em uma ficção. Eu sou quem sou. Gosta de mim? Que bom. Não gosta? Não vote em mim. Estou cumprindo todas as promessas que fiz, algo inédito na política. Prefiro dizer uma verdade difícil do que uma mentira agradável.
Sempre teve essa personalidade, essa parte áspera?
Faz parte da marca Javier Milei.
Como foi lidando com isso ao longo da vida? Mudou desde quando era goleiro de futebol, por exemplo?
A personalidade do goleiro é muito forte. O goleiro é aquele que se veste diferente, treina sozinho, pode jogar com as mãos, tem um treinamento específico. Quando seu time faz um gol, todo o time comemora e você fica sozinho. Quando o gol entra, toda a responsabilidade é sua. O pênalti, que é a maior punição, é um cara disparando contra outro que está dentro de um gol de 7,32 por 2,44 metros. Por que os goleiros são os heróis nas cobranças de pênaltis? Defender um pênalti não é fácil. Você tem que ter uma personalidade muito, muito forte. Se a isso você adicionar o fato de que fui cantor de rock… Veja o cantor de rock, o goleiro e o economista. Um cara com essas características que os argentinos decidiram que fosse o seu presidente. Não menti em nada e hoje estamos surpreendendo o mundo com as reformas que estamos fazendo e os resultados que estamos alcançando. Tem gente que questiona, né.
Em 2024, foi reconhecido como um dos líderes mais influentes do mundo. Qual é o seu antídoto para evitar a bajulação e controlar a vaidade?
Assim como Maradona se motivava assistindo Rocky IV, eu me motivo assistindo Os 10 Mandamentos. Todos sabem que sou um estudioso da Torá e um fervoroso admirador de Moisés. Na verdade, tenho um mural em Olivos que meu amigo Nik me deu, com uma parte do filme, quando as águas do Mar Vermelho se abrem. Há uma série de lições para a liberdade maravilhosas. O povo judeu estava diante do Mar Vermelho e os egípcios se aproximavam, querendo fazer uma carnificina. O povo pedia a Moisés que pedisse a Hashem para abrir as águas e ele dizia que fossem e atravessassem. Nenhuma das partes cedia. O príncipe herdeiro começou a andar e, quando a água estava na altura dos seus olhos, teve que decidir se avançava ou voltava. Ele acreditou no Criador, avançou e as águas se abriram. Ser livre é uma decisão e é preciso correr riscos. Algo que caracterizava Moisés era sua grande humildade. Se esse ser maravilhoso não subia em um cavalo, quem é você? Quando o ego começa a mostrar facetas fora dos dados, estamos em problemas.
O senhor tem um detector para perceber quando isso acontece com o senhor?
Sim, minha irmã: ela me xinga muito se me pega mijando fora da bacia.
Sua irmã será candidata?
Não acho. Outro dia, estava na Itália dando uma entrevista, Luis Majul me perguntou e ela disse que não. Mesmo assim, eu não me envolvo nessas coisas. Porque lembro que, em dezembro de 2018, disse a Alberto Benegas Lynch que não ia, e olha onde terminei. O que eu entendo, e minha irmã me fala, é que ela está construindo a ferramenta política para que possamos estar confortáveis em nossos arranjos políticos. Isso é o que a motiva e a move.
Além de ser seu “cabo de terra”, o que sua irmã representa para o senhor?
Ela é a terra. É quem não me deixa desviar nem um pouco de nada.