Bom dia. Estamos na terça-feira, 17 de dezembro.
Cenários
Nesta terça-feira (17) será divulgada a Ata da 267ª reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada nos dias 10 e 11 de dezembro. A elevação de 1,00 ponto percentual na taxa de juros referencial Selic não foi uma surpresa tão grande assim. O que surpreendeu o mercado foi a volta do “forward guidance”, em que o Copom se compromete com mais duas elevações de juros na mesma magnitude.
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As perspectivas para a inflação não são boas. É praticamente certo que neste ano o teto da meta de inflação será rompido. E a edição mais recente do Relatório Focus, divulgada na segunda-feira (16), mostra que as projeções do mercado para 2025 também são de inflação acima da meta.
Para complicar ainda mais um quadro já adverso, a reunião da semana passada será a última com o Banco Central (BC) presidido por Roberto Campos Neto. A partir do próximo ano (ou seja, em duas semanas), a autarquia será comandada por Gabriel Galípolo, indicado por Luiz Inácio Lula da Silva e com uma trajetória econômica menos ortodoxa do que a de Campos Neto.
Perspectivas
A questão é quanto dessas discussões estarão expressas na Ata que será divulgada nesta manhã. Espera-se um texto duro, mas a dúvida é quanto da austeridade do Copom estará garantida para 2025. Isso é o que os investidores esperam ler.
No cenário internacional, começa nesta terça-feira a última reunião do ano do Federal Open Market Committee (Fomc), o Copom americano. Há uma grande probabilidade de que os juros nos Estados Unidos sejam reduzidos em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4,25% e 4,50%. No entanto, a dúvida é o que deverá ocorrer nas próximas reuniões. Até poucos meses atrás, a mediana das projeções era de que os juros referenciais americanos estariam no intervalo entre 3,00% e 3,25% em dezembro do ano que vem. No entanto, projeções mais recentes elevaram esse intervalo para a faixa entre 3,75% e 4,00%. E esse meio ponto percentual de diferença terá implicações drásticas sobre as taxas de câmbio dos países emergentes, Brasil entre eles.
Indicadores
- Brasil
Ata do Copom
- Estados Unidos
Vendas do varejo (Nov)
Esperado: + 0,6%
Anterior: + 0,4%
Núcleo das vendas do varejo (Nov)
Esperado: + 0,4%
Anterior: + 0,1%