O presidente eleito Donald Trump está prestes a quebrar o recorde que ele mesmo estabeleceu em 2016 ao nomear o gabinete mais rico da história, escolhendo alguns bilionários para o seu próximo governo. Desde que venceu as eleições, o empresário, com um patrimônio estimado em US$ 6,2 bilhões (R$ 36,8 bilhões), rapidamente montou seus aliados, priorizando executivos de Wall Street, assim como fez em seu primeiro mandato.
Segundo reportagem da New York Magazine de 1º de dezembro, antes de Trump nomear Stephens e Isaacman, o patrimônio líquido combinado dos indicados e nomeados ao gabinete de Donald Trump era de US$ 340 bilhões (R$ 2,01 trilhões).
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Quem são eles?
Elon Musk: O fundador da Tesla e da SpaceX tornou-se um dos conselheiros mais próximos de Trump nos últimos meses e foi indicado, ao lado do bilionário Vivek Ramaswamy, para liderar o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental, um conselho consultivo que trabalhará para melhorar a burocracia governamental, reduzir regulamentações excessivas, cortar despesas desnecessárias e reestruturar as agências federais.
Warren Stephens: Escolhido por Trump como embaixador no Reino Unido, um cargo que exige confirmação do Senado, Stephens é um grande doador da campanha de Trump e lidera o banco de investimentos Stephens Inc., com sede no Arkansas, fundado por seu tio há quase um século e conhecido por seu papel na oferta pública inicial do Walmart em 1970.
Linda McMahon: A ex-CEO da WWE é a escolha de Trump para secretária de Educação, sujeita à aprovação do Senado. Ela co-presidiu a equipe de transição de Trump ao lado do bilionário Howard Lutnick e foi administradora da Administração de Pequenas Empresas durante o primeiro mandato de Trump antes de presidir o Instituto de Políticas America First.
Jared Isaacman: Nomeado por Trump na quarta-feira como administrador da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA), Isaacman é fundador e CEO da empresa de processamento Shift4 Payments, com sede na Pensilvânia, além de ter fundado a empresa de defesa Draken International em 2011, que foi vendida para a Blackstone em 2019 por uma quantia de nove dígitos, segundo relatos.
Howard Lutnick: Co-presidente da equipe de transição de Trump, o CEO da Cantor Fitzgerald é a escolha de Trump para secretário de Comércio (cargo que também exige aprovação do Senado). Lutnick é conhecido por reconstruir a empresa de serviços financeiros onde passou toda a sua carreira, após a empresa perder 658 funcionários no ataque ao World Trade Center em 11 de setembro.
Vivek Ramaswamy: Um empreendedor de biotecnologia e um dos bilionários mais jovens do país, Ramaswamy construiu sua fortuna por meio da Roivant Sciences, empresa que fundou há quase uma década e que abriu capital em 2021, trazendo com sucesso vários medicamentos ao mercado, antes de lançar sua candidatura à presidência.
Kelly Loeffler: A ex-senadora republicana da Geórgia, escolhida por Trump para liderar a Administração de Pequenas Empresas, é casada com o bilionário Jeff Sprecher, fundador da Intercontinental Exchange.
Além disso, Trump selecionou outros indivíduos ricos, mas não bilionários, para atuar em seu governo. O CEO de uma empresa nigeriana de veículos automotores e sogro de sua filha Tiffany Trump, Massad Boulos, foi escolhido como conselheiro sênior para Assuntos Árabes e do Oriente Médio. Trump também nomeou o financista John Phelan, fundador da MSD Capital, como secretário da Marinha, e Charles Kushner, sogro de Ivanka Trump e fundador da companhia imobiliária Kushner Companies, como embaixador na França.
O ciclo de notícias sobre as escolhas de Trump para o gabinete tem sido marcado por controvérsias em torno de alguns de seus indicados. Entre eles está sua escolha inicial para procurador-geral, o ex-representante Matt Gaetz, republicano da Flórida, que abandonou o processo devido a um escândalo de má conduta sexual, embora ele negue as acusações. Já a indicação de Pete Hegseth para secretário de Defesa enfrenta dificuldades após uma acusação de agressão sexual em 2017, além de alegações recentes de abuso de álcool, todas também negadas por Hegseth.