O dia foi de perdas para as bolsa globais. Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos o saldo do dia ficou no vermelho.
Aqui, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 1,15%, aos 121.234 pontos. O dólar à vista chegou a oscilar abaixo dos R$ 6 no início do dia, mas voltou a subir e fechou a sessão em alta de 0,50%, aos R$ 6,0551.
“É importante termos em mente que o movimento do nosso mercado permanece baixista, e qualquer alta isolada não altera essa tendência”, aponta Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital
Nos Estados Unidos, a atenção começa a se voltar para a temporada de balanços do quarto trimestre. Há também grande expectativa para a posse de Donald Trump, na próxima segunda-feira (20). Isso porque o mercado monitora quais serão as primeiras medidas anunciadas pelo novo presidente.
O temor segue sendo principalmente o risco de imposição de fortes tarifas de importação. O resultado para a economia pode ser uma inflação mais alta e a necessidade de atuação do Federal Reserve — interrompendo a queda dos juros e, quem sabe, até mesmo retomando o ciclo de alta.
IBC-Br
No Brasil, a principal divulgação econômica do dia foi o IBC-Br.
A economia brasileira teve mais um mês de crescimento acima da expectativa. É isso o que aponta o Índice de Atividade Econômica do Banco Central, o IBC-Br, também conhecido como “prévia do PIB do BC”.
Apesar do aumento dos juros em andamento, o índice registrou avanço de 0,1% em relação ao mês anterior. Os economistas ouvidos pela Reuters esperavam uma estagnação.
Esse foi o quarto resultado seguido no azul, mas mostra perda de força depois de avanços de 0,3% em agosto e 0,7% em setembro.
Destaques corporativos
O noticiário corporativo foi agitado.
Primeiro, a Azul e a Abra Group, controladora da Gol, anunciaram a assinatura de um memorando de entendimento não vinculante que aumenta as chances de uma eventual fusão entre as duas empresas. Os papéis das companhias reagiram em alta.
Depois, a Cosan vendeu a sua fatia de 4,05% na Vale, arrecadando R$ 9 bilhões. O valor será utilizado para reforçar o caixa da companhia e pagar dívidas.