As férias parecem não ter acabado para o mercado financeiro. Em nova sessão de liquidez limitada no Brasil, o dólar fechou a segunda-feira próximo da estabilidade, pouco abaixo dos R$ 6,10, refletindo por um lado o avanço da moeda norte-americana no exterior e por outro a expectativa de que o governo Lula possa adotar novas medidas na área fiscal ao longo de 2025.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia dito que o governo seguia estudando novas medidas para sanear as contas públicas.
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Já o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, sinalizou em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal O Globo que o governo deve adotar novas medidas fiscais neste ano. Segundo ele, novas propostas de corte de despesas e arrecadação devem começar a ser debatidas após a aprovação, pelo Congresso, do Orçamento de 2025.
Na bolsa, o dia foi de leve alta de 0,13%, aos 119.006 pontos. Os investidores aguardam a semana que será cheia de indicadores macroeconômicos e o início da temporada de balanços no exterior.
História do dia
O ímpeto baixista, no entanto, era contrabalançado pelo cenário externo, onde o dólar subia ante as demais divisas fortes em meio à expectativa de que o Federal Reserve promova menos cortes de juros no futuro. Os últimos dados econômicos seguiram mostrando um mercado de trabalho forte e indícios de pressões inflacionárias preocupantes.
Boa parte desta volatilidade no dia era atribuída ao fato de o mercado de câmbio no Brasil seguir operando com volumes mais baixos neste início de ano. No fim da tarde, o dólar para fevereiro indicava a negociação de pouco mais de 172 mil contratos na B3 — menos que a média registrada no mercado futuro em dias normais, quando o volume ultrapassa 200 mil contratos já no início da tarde.
“Estamos em período ainda de escassez de negócios, com fluxo reduzido. Então, qualquer movimento um pouco maior de exportador ou importador tem feito preço”, pontuou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.
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