O alívio no mercado financeiro durou pouco. Nesta sexta-feira (10), o dólar voltou a subir e o Ibovespa caiu, se consolidando abaixo da casa dos 120 mil pontos.
Hoje, o que azedou o humor dos investidores foram dados da economia americana melhores do que o esperado. Com isso, crescem as apostas de que o Federal Reserve irá encerrar em breve os cortes de juros, já que o mercado de trabalho aquecido aponta para uma eventual inflação mais forte.
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Outro fator que influenciou o movimento do Ibovespa e do dólar hoje foi a forte queda do petróleo em reação ao temor de que novas sanções econômicas contra a Rússia sejam aplicadas. O país é um dos maiores produtores de petróleo do mundo.
Com isso, o dólar à vista subiu 0,99%, aos R$ 6,1031. Na semana, a moeda americana recuou 1,29%. Na bolsa, o Ibovespa caiu 0,77%, aos 118.856 pontos. Nos últimos cinco pregões, o ganho foi de 0,27%.
Dados do dia
O dia começou com a divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,52% em dezembro e fechou 2024 com alta acumulada de 4,83%. O número veio ligeiramente abaixo das projeções de profissionais ouvidos pela Reuters, que indicavam alta de 0,57% no mês e de 4,88% no ano.
O resultado anual ficou acima do teto da meta contínua de inflação perseguida pelo Banco Central, de 4,5% (3,0% para o centro da meta, com tolerância de 1,5 ponto percentual), mas ainda assim esteve em segundo plano nesta sexta-feira, já que o descumprimento do objetivo era largamente esperado.
Quem realmente ganhou destaque foi o relatório de empregos dos Estados UNidos, o payroll. O Departamento do Trabalho norte-americano informou que foram abertos 256 mil postos de trabalho fora do setor agrícola em dezembro, após 212 mil em novembro, em dado revisado para baixo.
Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 160.000 vagas, depois de 227.000 relatadas anteriormente em novembro. As estimativas para dezembro variaram de 120.000 a 200.000.
Apesar de positivo, o número indica que a inflação pode continuar com combustível, limitando a atuação do Federal Reserve.
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