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Cenário
A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de fevereiro, confirmando as expectativas de alta da inflação. O IGP-M avançou 1,06% em fevereiro, uma alta expressiva ante os 0,27% de janeiro. O índice acumula alta de 1,33% no ano e 8,44% nos últimos 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou para 1,17% ante os 0,24% de janeiro. Segundo a FGV, no IPA, “ovos e café se destacaram, impulsionados pela forte elevação das temperaturas, que reduziu a produtividade e limitou a oferta”. A Fundação afirmou que a proximidade da Quaresma intensificou a pressão sobre a já restrita disponibilidade do produto.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou bastante para 0,91% em fevereiro ante os 0,14% de janeiro. A maior alta ocorreu no subgrupo Habitação, onde os preços subiram 1,49% após terem recuado 1,65% em janeiro. Em seguida veio o subgrupo Transportes, onde os preços subiram 1,46% após terem subido 0,44% em janeiro. Porém, a alta de preços do grupo Alimentação desacelerou para 0,89% ante os 1,31% de janeiro.
“Nos preços ao consumidor, gasolina e tarifas de energia elétrica tiveram impacto significativo, refletindo o reajuste do ICMS e a retirada do bônus de Itaipu. Por fim, o INCC desacelerou, influenciado pela variação mais moderada dos custos de mão de obra”, afirma Matheus Dias, economista da FGV. E o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou para 0,51% ante os 0,71% de janeiro.
Perspectivas
A confirmação de uma aceleração na inflação justifica as expectativas de mais elevações da taxa Selic. E há outros indicadores esperados. Ainda nesta manhã, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresenta a taxa de desemprego de janeiro, fornecendo uma visão sobre o mercado de trabalho e a dinâmica da ocupação no país. A mediana das estimativas dos investidores é de uma elevação da taxa para 6,6% ante os 6,2% de dezembro de 2024.
Nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho divulga os pedidos semanais de auxílio-desemprego. No mesmo horário, sai a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2024,. A projeção é de uma desaceleração para 2,3% ante os 3,1% do trimestre anterior.
Indicadores
- Brasil
IGP-M (Fev)
Observado: 1,06%
Esperado: 1,03%
Anterior: 0,27%
Desemprego (Jan)
Esperado: 6,6%
Anterior: 6,2%
Saldo em transações correntes (Jan)
Esperado: – US$ 8,30 bilhões
Anterior: – US$ 9,00 bilhões
Investimento Estrangeiro Direto (Jan)
Esperado: US$ 6,55 bilhões
Anterior: US$ 2,80 bilhões
- Estados Unidos
Pedidos iniciais de seguro-desemprego
Esperado: 222 mil
Anterior: 219 mil
Produto Interno Bruto / 2ª prévia (4º trim)
Esperado: + 2,3%
Anterior: + 3,1%
