
A WEG anunciou nesta quarta-feira (26) lucro líquido de R$ 1,69 bilhão, queda de 2,9% sobre o desempenho de um ano antes, apesar de um avanço de quase 30% na receita do período, segundo balanço divulgado pela fabricante de motores elétricos e equipamentos de automação e geração de energia.
A companhia apurou um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 2,39 bilhões para o período de outubro ao final de dezembro, expansão de 30,5%. Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 1,6 bilhão com Ebitda de R$ 2,38 bilhões para a WEG no período, de acordo com dados da Lseg.
A empresa teve uma receita líquida de R$ 10,82 bilhões no quarto trimestre, crescimento de 26,4% na comparação anual e ante expectativa média do mercado de faturamento de R$ 10,58 bilhões, segundo a Lseg. Mais uma vez, o desempenho da empresa foi sustentado em grande parte pelas operações internacionais, que mostraram um crescimento de quase 43% na receita enquanto a performance no Brasil mostrou avanço de 8,5% no faturamento.
O resultado foi “fruto do bom desempenho de grande parte dos nossos negócios de ciclo longo, da continuidade da demanda por nossos produtos e serviços nos diversos segmentos onde atuamos e da contribuição das últimas aquisições no exterior”, afirmou no material de divulgação do balanço.
“A diversificação do portfólio de produtos é fator importante para continuidade do crescimento do negócio e aliada à nossa presença global nos permite aproveitar as oportunidades”, acrescentou a companhia, maior do setor nas Américas e que tem avaliado novas instalações no México em meio à guerra comercial reiniciada por Donald Trump nos Estados Unidos.
A WEG apurou uma alta de 27% no custo dos produtos vendidos no quarto trimestre sobre um ano antes e a margem bruta recuou 0,3 ponto percentual, a 33,4%. Segundo a empresa, no trimestre, houve uma “alteração no mix de produtos vendidos”, que, aliada a aumentos no custo de matérias-primas como o cobre, pressionaram a margem do período. Essa linha do balanço ainda foi afetada por “ajustes relacionados com o laudo de avaliação” de compra dos negócios da norte-americana Marathon.