
O Banco de Brasília ainda está conduzindo análises sobre o Banco Master e o preço da compra de ativos da instituição ainda não foi definido mas deve recuar em relação aos indicativos dados pelo grupo brasiliense anteriormente, afirmou o presidente do BRB nesta quinta-feira (10).
“A diligência neste momento está concentrada na carteira de crédito…sim, é provável que o perímetro da transação que virá exclua bem mais que os R$ 23 bilhões que divulgamos em conversas com a imprensa”, disse Paulo Henrique Bezerra Rodrigues Costa, em conferência após a divulgação de resultados de quarto trimestre do BRB.
“Somente as operações de crédito que estejam alinhadas aos objetivos do novo conglomerado vão ser consideradas como perímetro para o negócio a ser analisado pelo Banco Central”, acrescentou.
Na semana passada, Costa afirmou em entrevista à Reuters que o acordo anunciado pelo banco controlado pelo governo do Distrito Federal vai envolver a compra dos ativos mais saudáveis e estrategicamente relevantes do Master para o BRB e que ocorreu após o que Costa chamou de meses de negociações.
Na ocasião, Costa afirmou que o processo de diligência eventualmente poderia reduzir o preço negociado de R$ 2 bilhões, a ser pago em até seis anos.
Nesta quinta-feira (10), Costa disse que as operações do Master que interessam ao BRB são as que lidam com segmentos de médias e grandes empresas, cartão de crédito consignado e serviços de câmbio.
“Portanto, os ativos que não tenham garantias ou perfil de risco alinhados aos do BRB não farão parte”, acrescentou o presidente do banco.
Questionado se as fatias do Master em empresas como a Oncoclíncas poderiam fazer parte da transação com o BRB, Costa afirmou que “nenhuma participação em nenhuma empresa que não esteja na atividade bancária faz parte dessa transação”.