A partir da próxima quinta-feira (19), Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, as empreendedoras brasileiras – além de mulheres que desejam ter seu próprio negócio e intraempreendedoras – ganharão um aliado de peso. A data marca a estreia da “Ela Vence”, plataforma idealizada pela investidora e Shark Tank Camila Farani que vai colocar, à disposição dessas mulheres, grande parte de suas conexões no ecossistema para o desenvolvimento de lideranças femininas.
A iniciativa surge após dois anos de escuta, pesquisas e interação com este público. O último levantamento, feito em outubro deste ano com mais de 2.700 mulheres pela Innovaty, divisão de inteligência para negócios da holding de Camila, revelou que capacitação, referências femininas e redes de apoio estão entre as 15 principais demandas para a evolução ou início dos negócios. Entre as pesquisadas, sete a cada 10 já têm suas próprias empresas e 43% estão entre 26 e 35 anos.
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Com base nesse diagnóstico, a “Ela Vence” (www.elavence.com.br) vai atuar em três frentes: educação empreendedora, compartilhamento de melhores práticas e estabelecimento de conexões. “O objetivo é que elas encontrem, num mesmo lugar, subsídios para tomar decisões mais assertivas para o negócio, para a criação dele e até para uma transição no caso das intraempreendedoras”, explica Camila.
A abordagem educativa será contemplada, a princípio, pela própria Innovaty e seu braço de EAD. A investidora explica que as trilhas de capacitação serão definidas de acordo com as necessidades detectadas. Neste primeiro momento, por exemplo, a pesquisa identificou que as principais demandas passam pela gestão de tempo – principalmente para equilibrar a rotina da empresa com a vida pessoal -, qualificação para melhorar o repertório e a argumentação nos negócios perante os clientes e educação financeira.
“Nossa lição de casa é identificar essas tendências. À medida que novas necessidades forem surgindo, elas serão atendidas”, explica, reforçando que outras redes de capacitação serão incorporadas à plataforma com o tempo.
A segunda demanda detectada – a falta de referências – será endereçada pelo compartilhamento de melhores práticas, presente na plataforma por meio de conteúdos multimídia focados em casos de sucesso e notícias do ecossistema. Por fim, a plataforma armazenará perfis personalizados das empreendedoras – ou potenciais empreendedoras e intraempreendedoras –, investidores, parceiros e qualquer outro público capaz de contribuir, de forma que essas pessoas interajam entre si e potencializem a viabilização de negócios.
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VOZ AMPLIFICADA
Camila explica que o objetivo do “Ela Vence” é ser um hub capaz de dar voz às empreendedoras, principalmente em regiões mais remotas. Para amplificá-la, a investidora vai colocar à disposição todas as suas conexões e redes das quais faz parte, como a Rede Mulher Empreendedora e Mulheres no E-Commerce, além do grupo G2 Women (G2W), parte do fundo G2, que busca reunir investidoras para ampliar a cultura de investimento-anjo e aportar em negócios fundados ou liderados por CEOs mulheres.
À frente da iniciativa está outra Camila – a Fusco –, jornalista que atualmente ocupa a posição de head de estratégia da Innovaty e que, entre outros projetos, estruturou programas de capacitação de empreendedores e liderança feminina no Facebook para Brasil, Colômbia, México e Argentina. A meta da dupla é ambiciosa: impactar pelo menos 500 mil mulheres ao longo dos próximos 12 a 18 meses.
As primeiras iniciativas contemplarão a aceleradora de negócios Marianas Mulheres Que Inspiram, que atende Ouro Preto, Mariana e região, em Minas Gerais, e hoje reúne mais de 400 mulheres, e a Filhas de Farani, programa de apoio ao empreendedorismo feminino das mulheres ribeirinhas na região do Xingu, no Pará. Em seguida, virão ações junto à CUFA – Central Única das Favelas, para estimular o empreendedorismo feminino de mulheres que moram em comunidades, um contingente estimado por Camila Farani em 25 mil pessoas.
Camila lembra que o Brasil tem uma herança do empreendedorismo por necessidade que não pode ser desprezada, e que esse modelo acaba inviabilizando a capacitação – condição essencial para a sustentabilidade do negócio e sua prosperidade. E ela está de olho nisso para fazer com que a plataforma seja acessível parar empreendedoras de qualquer classe social. “Nosso sonho é ser a maior referência de conexão para a criação e evolução de negócios no empreendedorismo feminino. Se capacitarmos essas mulheres e fizermos as conexões certas, haverá um número cada vez mais expressivo de empresas com lideranças femininas”, conclui.
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