Eu estava em Oakland em 1989 quando aconteceu o terremoto Loma Prieta, que fez desabar uma parte da Bay Bridge. Os líderes tiveram então de fazer uma escolha: restaurar a ponte para que ficasse como era antes ou re-avaliar e fortalecer seu sistema de apoio para que resistisse a choques futuros. Eles escolheram a segunda opção.
No momento em que estamos saindo da pandemia, nossa nação tem a mesma escolha a fazer – para nossa economia e nossas empresas, especificamente as pequenas empresas e as startups. A pandemia expôs os defeitos e as rachaduras de nossa economia. Uma de cada três pequenas empresas fechou. Quase 2 milhões de mulheres foram obrigadas a sair do mercado de trabalho. E milhões de famílias vêm tendo dificuldades para comprar mantimentos e pagar o aluguel.
VEJA TAMBÉM: 50 Over 50: As mulheres que provam que o sucesso não tem limite de idade
Nesta hora, mais do que consertar, devemos reformular. E, depois de termos fornecido US$ 60 bilhões de ajuda às pequenas empresas, devemos trabalhar para ampliar o acesso ao capital e eliminar outros obstáculos ao sucesso dos empreendedores em todo o país.
Em primeiro lugar, o capital. Conheci Lorena Cantarovici, dona de uma empresa de empanadas artesanais no Colorado. Como muita gente, ela começou o negócio em sua própria cozinha. Quando foi atrás de um empréstimo para ampliá-lo, os bancos disseram que ela era “infinanciável”. Com trabalho árduo, ela provou que eles estavam errados. De lá para cá, seu negócio se expandiu para diversas unidades, e ela gerou muitos empregos.
Essa história é conhecida. Os bancos e as empresas de capital de risco tradicionais nem sempre tiveram uma visão das mulheres e dos negros como empreendedores. Os financiadores comunitários, por outro lado, foram criados para terem essa visão. Sabem o quanto é importante dar acesso ao capital em comunidades de cor e de baixa renda – e, ao fazê-lo, agregam valor a essas comunidades e ao país.
Quando eu estava no Senado dos EUA, trabalhei para garantir US$ 12 bilhões adicionais para os financiadores comunitários. Agora estamos trabalhando para aumentar esse investimento. Juntos, devemos ajudar cada empreendedor norte-americano a obter o capital de que necessita para pôr suas ideias em prática.
Existem outros obstáculos ao sucesso. Danielle Romanetti é dona de uma lojinha de linhas na Virgínia. Estive com ela e muitas de suas funcionárias alguns meses atrás. Elas comentaram como foi difícil para as empresárias ficar sem creche durante a pandemia. Algumas tiveram de fazer entregas a clientes com os filhos no carro. Outras tiveram de levar os filhos ao trabalho. Para as mulheres empreendedoras – e todos os empreendedores –, a pandemia ressaltou a importância da infraestrutura de assistência de nosso país.
Para muita gente, a assistência é a ponte para a abertura de uma empresa. É por isso que, ao mesmo tempo que trabalhamos em melhorar as estradas para o transporte de mercadorias, melhorar o trânsito para os consumidores e garantir internet de alta velocidade acessível, o presidente Joe Biden e eu também estamos trabalhando para garantir creches e assistência familiar disponíveis e acessíveis.
Diante do inimaginável, os empreendedores optaram por reformular suas empresas. As lojas – como a de Danielle – tiveram de passar rapidamente ao atendimento online para manter os clientes, tirando proveito de uma demanda que provavelmente veio para ficar. Os restaurantes – como o de Lorena – tiveram de oferecer refeições ao ar livre com a mesma finalidade. Inovadores de todos os tipos vêm criando novos produtos para o momento.
Hoje, a nação precisa reformular nossa economia para que cada empreendedor norte-americano possa abrir uma empresa e fazê-la crescer. É com essa reformulação que nos manteremos competitivos – e sairemos desta pandemia mais fortes do que antes.
Reportagem publicada na edição 88, lançada em junho de 2021.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.