Bailarina, ativista e mãe, a carioca Ingrid Silva, de 32 anos, agora integra o grupo de aprovados no Crossover Into Business, programa de negócios focado em atletas oferecido pela Harvard Business School. Semestralmente, são escolhidos 20 esportistas do mundo todo para participar do curso. Ela é a única bailarina negra da lista e a segunda mulher brasileira a participar do programa, pelo qual já passaram a jogadora de futebol Mônica Hickmann Alves, o atleta de polo aquático Tony Azevedo e o lutador Vitor Belfort.
Ingrid Silva é fundadora da EmpowHer New York, organização que busca empoderar mulheres por meio de educação, e da Blacks in Ballet, Ong que tem o objetivo de dar visibilidade a dançarinos negros. “O objetivo é usar esse conhecimento que estou adquirindo no curso para desenvolver essas organizações”, diz. Além disso, a nova aluna de Harvard planeja ter uma marca própria de sapatilhas de ballet. “Já comecei as pesquisas e estou em busca de algum investidor que acredite nesse sonho comigo.”
Desde 2017, o curso de negócios da universidade norte-americana tem como propósito ajudar os atletas a desenvolver uma visão de empreendedorismo para gerir tanto as carreiras no esporte quanto os negócios para além delas. Além de frequentar as salas de aula, no momento Ingrid Silva se apresenta na companhia The Dance Theatre of Harlem, em Nova York. Por conta de sua atuação ativista, ela já havia estado na universidade de Harvard para palestrar. “Quero ter o primeiro festival de bailarinos negros no Brasil junto com meus cofundadores do Blacks in Ballet.”