Cerca de um em cada seis casais está lutando para ter filhos, e essa pode ser uma jornada muito frustrante. Na maioria das vezes, as mulheres precisam esperar de 12 a 18 meses antes de poderem ter sua primeira consulta com um especialista em fertilidade e, enquanto isso, há muito pouco a se fazer em casa para aumentar as chances de engravidar.
Quase 70 mil ciclos de fertilização in vitro são realizados todos os anos no Reino Unido, e esse mercado movimenta cerca de 320 milhões de libras (R$ 2 bilhões) anualmente. Globalmente, são mais de 2,5 milhões de ciclos de fertilização in vitro a cada ano, com nove em cada dez pacientes relatando sentimentos de estresse, ansiedade ou depressão. Há uma demanda enorme e crescente por melhor suporte de fertilização in vitro vinda de reguladores, grupos de pacientes e clínicas.
O sistema atual também é fragmentado com vários compromissos, longos deslocamentos e preços altos. Como a Forbes relatou no ano passado, “um único ciclo de fertilização in vitro pode variar de US$ 15 mil (R$ 78 mil) a US$ 30 mil (R$ 156 mil), dependendo do centro e das necessidades individuais de medicação do paciente, e os medicamentos podem representar até 35% dessas cobranças.” Quando se trata de congelamento de óvulos, em média, os pacientes gastam de US$ 30 mil (R$ 156 mil) a US$ 40 mil (R$ 209 mil) em tratamento e armazenamento.
Embora a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconheça a infertilidade como uma doença e um problema de saúde pública, sua incidência vem aumentando consistentemente. Nos EUA, 75% das apólices de seguro privado não cobrem adequadamente a infertilidade, e se você estiver em um plano de seguro público, é extremamente improvável que tenha alguma cobertura de fertilidade.
Abaixo estão oito empresas redefinindo a acessibilidade nesse mercado e, acima de tudo, trabalhando com inovação inclusiva em cuidados com a fertilidade.
1. Aura Fertility – apoio a clínicas de fertilidade para fornecer cuidados pioneiros
Trabalhando em consultoria de gerenciamento de saúde enquanto enfrentava sua própria jornada traumática de fertilidade, Abi Hannah, CEO e cofundadora da Aura Fertility, viu uma oportunidade de reimaginar o suporte à fertilização in vitro, ajudar as mulheres a se sentirem menos sozinhas, e melhorar os resultados.
Quando Hannah conheceu sua cofundadora Karen Hanson (mais tarde outra cofundadora se juntou, a Jo Living), a dupla se uniu em seus desafios de fertilidade e sabia que deveria haver uma maneira melhor de lidar com aquilo. Somadas, elas passaram por 19 rodadas de tratamento de fertilidade, em 7 clínicas, e tiveram 9 abortos espontâneos.
A Aura é o que elas desejavam quando estavam passando pela fertilização in vitro – um aplicativo abrangente de apoio à paciente e um painel da clínica que fornece suporte baseado em evidências para todas as etapas da jornada do tratamento de fertilidade, ajudando as mulheres a se sentirem menos sozinhas e reduzindo a carga em clínicas de fertilidade lotadas.
“Felizmente, Karen e eu agora temos quatro bebês de fertilização in vitro entre nós, então realmente entendemos a montanha-russa da fertilidade. Não é exagero dizer que nossas famílias não estariam onde estão sem a ajuda dos principais especialistas em fertilidade da Aura. Sabemos em primeira mão como o aconselhamento e o apoio certos podem mudar a vida e temos a missão de tornar o processo de fertilização in vitro mais humano”, diz Hannah.
A Aura trabalha para transformar a experiência de fertilização in vitro, apoiando as clínicas de fertilidade para fornecer cuidados pioneiros à paciente como um todo. A plataforma aproveita a inteligência artificial para melhorar a experiência, a saúde psicossocial e as taxas de sucesso da fertilidade.
Dessa forma, está economizando tempo e recursos das clínicas ao centralizar os principais serviços.
2. Carrot Fertility – benefícios de fertilidade para empregadores e planos de saúde
A maioria das pessoas recebe benefícios de saúde mental e física por meio de seus empregadores, às vezes até mesmo planos odontológicos e de visão, mas para por aí. E não deveria. Os cuidados com a fertilidade são uma parte fundamental da saúde humana. A fertilidade pode afetar a saúde mental dos funcionários, influenciar as decisões de carreira e até mesmo levar as pessoas a dívidas financeiras. E como passamos um terço de nossas vidas no trabalho, faz sentido que ele desempenhe um papel importante no sistema de apoio. É aí que começa a história da Carrot Fertility.
77% dos entrevistados da pesquisa Carrot’s Fertility at Work disseram que ficariam mais tempo na empresa se ela oferecesse benefícios de fertilidade; 88% considerariam até mesmo mudar de emprego para ter acesso a esses benefícios. A fertilidade e os cuidados com a formação da família podem e devem ser um dos pilares dos benefícios dos funcionários, assim como assistência médica, odontológica e oftalmológica.
“Para que a maioria dos seguros cubra serviços de fertilidade e formação de famílias, os casais devem provar que estão tentando engravidar há pelo menos um ano, o que exclui automaticamente pessoas solteiras e casais do mesmo sexo”, diz Tammy Sun, cofundadora e CEO da Carrot Fertility.
Ela começou a empresa para tornar os cuidados de fertilidade acessíveis a todos, independentemente de idade, raça, sexo, orientação sexual, identidade de gênero ou localidade.
Os cuidados com a fertilidade e a formação da família não são uma experiência única. É aí que entram os Carrot Plans. Eles são guias personalizados com mais de 200 mil combinações possíveis de opções, cada uma adaptada às necessidades, objetivos e preocupações de saúde específicos de cada membro. Os planos também estão abertos para quem já está grávida, independentemente de ter usado ou não os recursos da empresa anteriormente. Depois que um membro recebe seu plano, os especialistas ficam disponíveis para oferecer suporte individual ilimitado durante toda a jornada.
A Carrot arrecadou mais de US$ 114 milhões (R$ 596 milhões) até agora e é apoiada por diversos fundos de venture capital. A empresa também é a primeira provedora de benefícios de fertilidade a oferecer atendimento abrangente aos funcionários ao longo de toda a carreira, com a adição de suporte à menopausa e baixa testosterona para seus membros em todo o mundo.
3. FERTI·LILY – coletor sem hormônios que aumenta em 48% as chances de engravidar
Fundada em 2018, a FERTI·LILY é fruto de uma colaboração entre um empresário médico, que experimentou em primeira mão as frustrações de não conceber, e um dos principais especialistas em fertilidade da Europa.
“Com a FERTI·LILY, queremos empoderar mulheres e casais em sua jornada, fornecendo suporte que não requer hormônios, médicos ou procedimentos invasivos, preservando a intimidade e emoção desse momento tão especial”, diz Robert Stal, fundador e CEO da empresa, cujo lema é “uma pequena ajuda fazendo um pequeno milagre.”
O coletor funciona assim: inserido após a relação sexual, ele empurra e mantém o esperma mais perto do colo do útero, permitindo que 300% mais espermatozoides nadem pela região. O custo do coletor também deve ser levado em conta em comparação com o custo impressionante dos tratamentos de fertilidade – cerca de US$ 45 (R$ 235) e é reutilizável por seis meses.
O segundo desafio que a empresa decidiu enfrentar é a secura vaginal que, segundo estudos, ocorre duas vezes mais em mulheres que estão tentando engravidar do que na população em geral. “Poucas pessoas sabem disso, mas os lubrificantes padrão podem afetar negativamente a fertilidade, criando uma barreira para o esperma”, diz Stal. “É por isso que desenvolvemos o FERTI·LILY Conception Gel, um lubrificante clinicamente testado.”
O estudo clínico da FERTI·LILY sobre a eficácia de seu coletor foi publicado no JPBNC (Journal of Pregnancy and Newborn Care) e foi um divisor de águas para a empresa. O JPBNC é um periódico de acesso aberto com sede nos EUA conhecido por publicar artigos originais e cientificamente relevantes para ginecologistas e outros especialistas em fertilidade. Com o apoio da Dra. Grada van den Dool, presidente da Association of Fertility Doctors na Holanda, e do Dr. Maarten Wiegerinck, um dos principais especialistas em fertilidade da Europa, um estudo prospectivo envolvendo 85 mulheres mostrou que o uso do coletor da FERTI·LILY por três ciclos aumentou significativamente as taxas de gravidez.
Os resultados mostraram que, ao usar o copo de concepção, as chances de engravidar são 48% maiores do que o esperado. “Os resultados foram ainda melhores para casais que tentavam engravidar há mais de um ano, que seriam considerados clinicamente inférteis”, afirma Stal.
4. Hertility – testes em casa, diagnóstico e cuidados desde a menstruação até a menopausa
O mercado de saúde não foi projetado para mulheres. A Hertility quer mudar isso. Enquanto uma em cada três mulheres experimentará uma condição de saúde reprodutiva em algum momento de sua vida, distúrbios como SOP (Síndrome do Ovário Policístico) e endometriose levam uma média de oito anos para serem diagnosticados. E quando se trata de fertilidade, os casais precisam provar que algo está errado antes de agir. Com a Hertility, as mulheres podem obter informações proativamente sobre seus hormônios e fertilidade e obter apoio sobre o que fazer a seguir, tudo sem sair de casa.
Fundada por cientistas e impulsionada por uma equipe de pesquisa (totalmente feminina), a empresa está trazendo a mais recente ciência reprodutiva do laboratório para as casas do maior número possível de mulheres. Com testes hormonais caseiros personalizados, diagnósticos inovadores (elas podem sinalizar nove das condições ginecológicas mais comuns em apenas 10 dias) e acesso a uma rede de especialistas em saúde ginecológica, a Hertility cobre todas as fases da saúde reprodutiva da mulher, da menstruação até a menopausa.
“Precisamos educar as mulheres em uma idade mais jovem para reconhecer sua fertilidade e ouvir seus corpos,” diz a Dra. Helen O’Neill, fundadora e CEO da Hertility.
Mas a empresa não é apenas para quem quer ter filhos, ela também está dando às mulheres mais clareza sobre o que está acontecendo em seus corpos e fornecendo um ecossistema de cuidados com base em ciência para apoiá-las. A Dra. O’Neill e sua equipe ajudaram 64% da comunidade da empresa a descobrir pelo menos um hormônio que estava fora do alcance e 29% delas a obter um diagnóstico de uma condição de saúde reprodutiva não diagnosticada anteriormente.
Até o momento, a empresa arrecadou US$ 5,2 milhões (R$ 27 milhões) em financiamento, com sua rodada seed liderada pela LocalGlobe – um dos maiores fundos do Reino Unido –, investidores-anjo importantes, entre outros.
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5. Mojo – teste de esperma caseiro de nível clínico com IA
Estamos vivendo uma epidemia de saúde do esperma: a contagem média de esperma no Ocidente diminuiu 52% nas últimas quatro décadas, de acordo com um estudo publicado na revista Human Reproduction Update. No entanto, as clínicas tradicionais são inconsistentes com seus resultados, o processo geralmente é desconfortável e demorado, com muitos profissionais ainda alegando que a qualidade do esperma (fator de fertilidade masculino) é irrelevante em comparação com a fertilidade de uma mulher.
“Eu mesmo estava vivenciando tudo isso alguns anos atrás, o que me levou a criar a Mojo. Fui diagnosticado com um problema renal crônico e aconselhado a testar e congelar meu próprio esperma. Eu não conseguia entender como cada teste diferente que eu fazia me dava resultados totalmente diferentes e por que os médicos de fertilidade descartavam a importância da saúde do esperma no contexto da concepção”, diz Mo Taha, CEO e cofundador da Mojo, uma startup de fertilidade que fornece teste de esperma doméstico de 48 horas, em casa, com base em inteligência artificial.
Taha foi pesquisador de nanotecnologia na École Centrale de Lyon e investidor em serviços de saúde de um family office antes de criar, com seus cofundadores, a Mojo, em 2017. Seus usuários, segundo Taha, são “todos que têm esperma e seus parceiros”. Cerca de um terço das pessoas que compram seu kit de teste são do sexo feminino.
Até o momento, a empresa arrecadou cerca de US$ 5,3 milhões (R$ 27,7 milhões) em financiamento de investidores, incluindo o fundo nórdico Inventure, outros fundos como Privilège Ventures, Crista Galli Ventures, SOSV, Aligned VC, family offices e alguns conhecidos investidores-anjo.
“Queremos que as pessoas com esperma entendam sua própria saúde e a importância no sentido geral de fertilidade, e também percebam as implicações que a saúde do esperma pode ter no contexto da saúde de uma pessoa em geral. O feedback dos clientes tem sido extremamente positivo. As pessoas não querem apenas testar o esperma, mas também atingir as metas de concepção”, diz Taha.
6. Proov – insights hormonais de ciclo completo
Com doutorado em farmacologia e uma carreira como cientista desde 1999, Amy Beckley, fundadora e CEO da Proov, tem um profundo amor por entender como o corpo funciona, principalmente como nossos órgãos se comunicam e o que acontece quando algo dá errado. “De longe, a coisa mais interessante para mim é a saúde reprodutiva e os hormônios. Eu me interessei por isso depois de uma longa e dolorosa batalha contra a infertilidade e abortos recorrentes.”
Beckley foi diagnosticada com “infertilidade inexplicável”, e foi informada de que a fertilização in vitro era a melhor opção. Então ela e seu marido fizeram duas rodadas de fertilização in vitro e finalmente tiveram um filho (que agora tem 11 anos). Mais tarde, ela descobriu ao tentar conceber o segundo filho que seu problema era simplesmente uma disfunção de ovulação. “Quando o tratamento para isso era um suplemento de US$ 100 (R$ 523) e uma fertilização in vitro não invasiva, comecei a criar melhores soluções de diagnóstico para ajudar profissionais e pacientes a entender a causa de sua infertilidade e chegar à solução de maneira mais rápida e econômica.”
A Proov existe para revelar o poder do ciclo menstrual, permitindo que as mulheres monitorem seus hormônios durante todo o ciclo, obtenham recomendações personalizadas e promovam um ciclo equilibrado. Isso pode tornar as mulheres mais férteis, mais criativas e reduzir os sintomas da menopausa. A Proov dá acesso aos seus hormônios – você simplesmente faz xixi, testa e digitaliza no aplicativo. Em 10 minutos, seu padrão hormonal exclusivo será exibido, bem como uma explicação detalhada do que isso significa e os próximos passos.
“Somos o único teste caseiro aprovado pela FDA [a Anvisa dos EUA] para determinar se há um problema com a ovulação. Como o processo de ovulação é o que produz estrogênio e progesterona, se uma mulher não estiver ovulando adequadamente, ela pode ter sintomas de desequilíbrio hormonal que podem afetar todos os aspectos de sua vida. Somos os primeiros a dar às mulheres informações sobre seus hormônios totalmente de casa, sem exames de sangue ou esperando um laboratório para analisar suas amostras.”
A empresa se expandiu em 2022 e agora está disponível em mais de 1.100 consultórios de obstetrícia e ginecologia nos EUA. Com seu teste, ela ajudou milhares de mulheres a evitar procedimentos caros de fertilização in vitro. Eles fecharam uma rodada da Série A de US$ 9,7 milhões (R$ 50,7 milhões) no ano passado, com o principal investidor sendo a empresa de venture capital Hambrecht Ventures e com investimentos da Portfolia, SteelSky Ventures, LightShip Capital e Gingerbread Capital.
7. ScreenMe – jornadas de fertilidade com nutrição personalizada e conselhos de estilo de vida
Depois de ter uma jornada extremamente difícil com sua própria saúde vaginal, hormonal e reprodutiva, a Dra. Golnoush Golshirazi, fundadora e CEO da ScreenMe, percebeu que havia inúmeras mulheres que também sentiram que não foram ouvidas, não receberam informações e explicações sobre sua saúde reprodutiva e sintomas, e não tiveram apoio científico holístico para cuidar de sua saúde, lidar com condições crônicas e reduzir o risco de doenças, bem como melhorar as chances de ter sucesso ao tentar conceber.
Golshirazi estudou ciências naturais em Cambridge e se especializou em genética. Depois de lutar contra dores crônicas, problemas relacionados à menstruação e à saúde vaginal, ela foi diagnosticada com endometriose aos 27 anos. Foi essa jornada dolorosa que a levou a imaginar um sistema de saúde híbrido em que as mulheres são ouvidas, recebem informações científicas sobre seus corpos e são apoiadas com cuidados médicos holísticos.
“Paguei mais do que deveria para colocar essas coisas no lugar e queria tornar isso possível para todas as mulheres. Deve ser um direito para as mulheres entenderem seu corpo e receber os cuidados que precisam, não um privilégio.”
Isso levou à criação da ScreenMe, que tem como objetivo um mundo livre de doenças evitáveis. A empresa tem a missão de fazer isso reunindo cuidados científicos e holísticos e tornando-os acessíveis para mulheres em todo o mundo.
A ScreenMe fornece testes caseiros de saúde hormonal, nutricional e vaginal das mulheres por meio de um exame de sangue por picada no dedo e/ou teste de microbioma vaginal (com um cotonete). As clientes passam a receber não apenas seus resultados, mas também relatórios médicos fáceis de entender em seu painel do aplicativo. Elas também recebem consultas com profissionais registrados que ajudarão a adaptar sua nutrição, estilo de vida e suplementação com base em seus resultados e relatórios, histórico, sintomas e objetivos.
“Estamos agora no processo de parceria com empresas, clínicas e hospitais no Oriente Médio, onde pretendemos revolucionar o atendimento à saúde da mulher e aumentar a conscientização sobre a importância da saúde da mulher na saúde da sociedade como um todo. Na ScreenMe, nos vemos como a plataforma para mulheres em todas as fases da vida.”
8. Selectivity Life – dispositivos médicos para tratamentos fora das clínicas de fertilidade
A OMS relata que, embora as tecnologias de reprodução assistida estejam disponíveis há mais de três décadas, com mais de cinco milhões de crianças nascidas em todo o mundo a partir dessas intervenções, como FIV (fertilização in vitro), essas tecnologias ainda são inacessíveis em muitas partes do mundo, particularmente em países de baixa e média renda.
“Na Selectivity, estamos focados em universalizar o acesso a tratamentos de fertilidade, levando-os às casas dos pacientes”, diz o argentino Jonathan Gubspun, fundador e CEO da Selectivity Life e engenheiro biomédico. Com sua tecnologia patenteada, uma membrana biomimética para seleção de espermatozoides, a Selectivity desenvolveu um dispositivo que permite a qualquer ginecologista realizar inseminação intrauterina em seu consultório, espalhando o acesso a mais de 50 milhões de casais ou mães solo.
Os espermatozoides são as células sexuais masculinas que carregam o material genético do homem. Eles são tão pequenos que não podem ser vistos sem um microscópio. Em um homem saudável, uma ejaculação geralmente contém entre 40 milhões e 600 milhões de espermatozoides. “Nossa tecnologia seleciona de forma simples e eficiente os espermatozoides mais saudáveis e de alta mobilidade preservando a integridade de seu DNA. Não danifica os espermatozoides durante a seleção e também não necessita de outro dispositivo (como centrífuga) nem de produtos químicos para ser aplicado, e reduz consideravelmente o tempo da técnica de seleção”, afirma Gubspun.
Ter a possibilidade de selecionar o esperma em qualquer lugar dá vida à visão final e ao objetivo principal da Selectivity, que é desenvolver o primeiro dispositivo de inseminação intrauterina em casa. Esse dispositivo permitiria que cada casal ou mãe solo tivesse a possibilidade de realizar um tratamento de fertilidade confortavelmente em casa, diminuindo o estresse, a ansiedade, o medo, o tempo e os custos, e melhorando significativamente os resultados.
“No momento, estamos lançando nosso dispositivo de seleção de esperma na América Latina e trabalhando em acordos com distribuidores. Estamos finalizando o dispositivo de inseminação intrauterina domiciliar MVP [Mínimo Produto Viável]. Como a Selectivity foi selecionada como uma das startups do programa M2D2 Impact, também estamos trabalhando no futuro para nos estabelecermos na região dos EUA.”
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