Para as mulheres que estão subindo no mundo corporativo, especialmente as mulheres negras, a ambição pode ser solitária. Em um estudo de 2018 da McKinsey/LeanIn.org com 64 mil funcionários em 279 empresas na América do Norte, 45% das mulheres negras disseram que muitas vezes eram as únicas nos escritórios. Esse isolamento estava custando caro para suas carreiras e para as empresas.
Esses dados não foram uma surpresa para Tiffany Dufu. Em 2018, a consultora de liderança lançou a plataforma The Cru para dar às mulheres o apoio que muitas vezes elas não têm no trabalho – especialmente mulheres negras como ela. A pandemia de Covid-19, que inicialmente ameaçou sua startup à medida que o financiamento ficou apertado, acabou impulsionando o negócio, já que os empregadores procuravam maneiras de manter suas funcionárias engajadas enquanto equilibravam o trabalho remoto com as responsabilidades de casa.
Assim, ela transformou o The Cru de um espaço de coaching e suporte de carreira individual para uma plataforma voltada para clientes corporativos. Com 13 clientes e 2.500 membros, Dufu reconheceu que agora precisa de suporte para levar sua empresa ao próximo nível. Ela acaba de adquirir a The Mentor Method, uma startup fundada pela empresária negra Janice Omadeke, para construir sua equipe de vendas.
Dufu não é a primeira a reconhecer a importância de criar e capacitar comunidades para ajudar funcionários sub-representados a terem sucesso no trabalho. Os Grupos de Recursos de Funcionários datam de pelo menos 1970, quando empregados negros da Xerox nos EUA criaram uma rede de suporte para ajudar uns aos outros a ter sucesso. Inúmeras iniciativas externas, como a Lean In e a Chief, também visam atender essa necessidade.
A novidade são as ferramentas e o entendimento de que grupos menores podem ajudar as mulheres a se sentirem conectadas de uma forma que grandes corporações ou orientação individual não conseguem fazer. O sucesso de grupos de apoio como o F3, uma rede para homens, prova que muitos deles também estão se sentindo isolados e buscando comunidades.
A empreendedora também está focada na criação de um modelo comunitário para empoderar mulheres negras, que agora representam 58% de seus membros.
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