No ano em que completa cinco anos, o Free Free, organização que trabalha pela liberdade física, emocional e financeira de meninas e mulheres, expande sua atuação e lança o Free Free Club, um projeto em parceria com a Universidade Harvard, uma das melhores dos EUA, para incentivar a liderança feminina. “A liderança está muito relacionada com a liberdade da mulher, porque vem com autoconfiança e com conhecer e aceitar a sua história”, diz Yasmine Sterea, CEO e fundadora da organização.
Yasmine fundou o Free Free aos 32 anos, depois de uma carreira no jornalismo de moda. Desde então, a Ong já envolveu 16 mil mulheres e meninas diretamente e 40 milhões de pessoas indiretamente, com projetos em todo o mundo, e um trabalho que envolve acolhimento, educação e incentivo por meio de workshops e campanhas. Em três anos, o impacto do Free Free nas mulheres e suas comunidades foi avaliado em R$ 50 milhões.
>> Leia também: Fundadora de empresa aos 16 hoje lidera equipe de venture capital
O Free Free Club, lançado na última semana, é voltado para as estudantes de Harvard, com o objetivo de incentivar a liderança feminina e conscientizar jovens mulheres sobre questões relacionadas à autoestima, carreira, liberdade financeira, saúde emocional e situações abusivas.
Os encontros serão ministrados pela própria Yasmine, que também receberá convidadas do mundo todo, e conduzidos de forma híbrida. No segundo semestre deste ano, a iniciativa deve chegar também a escolas e universidades no Brasil e em outros países, com jovens de diferentes lugares podendo se inscrever para presidir um Club em sua faculdade. “O Free Free Club nas escolas é similar ao das faculdades, ou seja, tem o objetivo de não deixar que as barreiras tirem as possibilidades de as meninas se tornarem líderes”, diz Yasmine, que em abril vai começar a tocar o projeto em uma escola em Portugal.
Nas escolas, a ideia é promover atividades que estimulem a criatividade das meninas. E durante o curso nas universidades, as jovens serão incentivadas a realizar projetos que, ao final, irão concorrer para ter o apoio do Free Free. “Entendemos a necessidade de conscientizar as meninas o mais cedo possível e ajudar a reduzir danos no futuro.”
A iniciativa foi pensada pela CEO do Free Free, com o apoio da Dra. Joan Johnson-Freese, professora de Harvard e integrante do conselho consultivo da Ong, em parceria com órgãos da universidade dedicados a estudos da África e de mulheres.
>> Veja também: Devemos falar “liderança feminina” ou só “liderança”?
Em sua atuação com o Free Free, Yasmine trabalha ao lado do Ministério Público e em parceria com empresas. No ano passado, a Ong expandiu sua atuação do Brasil e passou a estar presente também na Europa, em países como Portugal, Espanha, Inglaterra e nos EUA, e lançou uma coleção de tokens não-fungíveis, NFTs. “Nossa operação internacional também pretende ir para Londres, Itália e seguindo para países da África e Oriente Médio.”