Mais da metade das mulheres (52%) discordam da ideia de que todos os colaboradores da empresa onde trabalham recebem ofertas de promoções de forma igualitária, – em comparação a 46% dos homens –, mostra estudo. A pesquisa do portal Empregos.com.br em parceria com a UnB (Universidade de Brasília) envolveu 376 profissionais para verificar questões de oportunidades iguais e discriminação, assédio moral e assédio sexual no trabalho.
Quando perguntadas se têm acesso a oportunidades semelhantes de crescimento de carreira, 45% das mulheres responderam que discordam de que todos têm oportunidades igualitárias de desenvolvimento, enquanto a amostra masculina representa 39%. Isso mostra que, mesmo com o avanço da discussão sobre equidade de gênero nas organizações e a implementação de políticas nesse sentido, o mercado de trabalho continua oferecendo obstáculos para o desenvolvimento profissional de mulheres. “Nas posições de liderança essas diferenças das mulheres em relação aos homens acentuam-se ainda mais”, diz Tábata Silva, gerente do portal Empregos.com.br.
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A diversidade e inclusão também foram apuradas no levantamento. Quando perguntados se a organização em que trabalham promove uma cultura de diversidade e inclusão entre os funcionários, 40% mulheres e 38% homens dizem que não há esse esforço de seus empregadores.
Assédio no trabalho afeta mais as mulheres
Das entrevistadas, 46% já presenciaram a chefia constranger algum colaborador para conseguir o que quer, uma representação maior do que os homens, com 39%. O assédio incômodo pode acontecer de diversas formas, desde um comentário até uma ação direta. Os entrevistados também foram perguntados se ofensas verbais são comuns no ambiente de trabalho, com 55% das mulheres respondendo que sim em comparação a 45% do público masculino.
Quando perguntados se existem colegas no ambiente de trabalho que debocham de outros colegas – com piadas, comentários ou “brincadeiras” –, 66% das mulheres entrevistadas disseram que sim, contra 58% dos homens. Já em relação a assédio sexual, a pesquisa descobriu que 42% das mulheres contra 27% dos homens relataram que já passaram por uma cantada desagradável ou indesejada. Ainda, 13% delas e 5% deles afirmam que essa situação acontece com frequência ou sempre.