Elizabeth Taylor disse uma vez: “Garotas grandes precisam de grandes diamantes”. Dana Auslander concorda. A ex-executiva de hedge funds está chacoalhando o mundo dos investimentos criando uma nova classe de ativos exclusiva, entre finanças e luxo, oferecendo a todas as mulheres a oportunidade de ter diamantes. Grandes diamantes.
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Lançada no ano passado, LUXUS é a primeira plataforma de investimento qualificada pela SEC, a CVM dos Estados Unidos, que permite a qualquer investidora comprar joias de luxo – anteriormente acessíveis apenas pelos super-ricos – por meio de propriedade fracionada.
Diamantes raros acessíveis a todos
Simplificando: em vez de ter ações de uma empresa de capital aberto, a LUXUS permite que o investidor comum agora tenha ações de um diamante de capital aberto. Como um raro diamante D-Flawless Kwiat de 5 quilates, por exemplo. Veja como.
A equipe de Auslander identifica macrotendências (como diamantes coloridos) no segmento de gemas sofisticadas e faz parceria com marcas que podem ter uma gema valiosa em estoque ou que podem adquirir uma diretamente de uma mineradora. A LUXUS precifica a gema e a securitiza, criando um instrumento financeiro que pode ser dividido e vendido a investidores. A empresa então registra a joia na SEC e faz um “IPOs”, da mesma forma que uma empresa faria IPO de uma empresa, lançando-a no mercado aberto. O valor total da gema é dividido em cotas, que podem ser adquiridas por qualquer investidor.
Por exemplo, o diamante mencionado acima está avaliado em US$ 400.000,00 (R$ 2 milhões), mas está sendo oferecido ao público na forma de 1.600 ações a US$ 250 (R$ 1.000) cada. As ações acabarão por ser negociáveis em um mercado secundário e, depois de alguns anos, o diamante será vendido de volta ao mercado privado – uma saída de capital privado embutida no back-end.
Uma nova classe de investimentos
Ter ações fracionárias de diamantes pode ser uma opção de investimento alternativa atraente para o investidor convencional. Primeiro, ao contrário da criptomoeda e dos NFTs – que o presidente da SEC, Gary Gensler, descreveu como o “Velho Oeste” e “falta de conformidade regulatória adequada” – o investimento em joias securitizadas é altamente regulamentado. A plataforma é regida pela FINRA e pela SEC e todos os ativos têm certificados do Gemological Institute of America e do International Gemological Institute, atestando qualidade e valoração.
Em segundo lugar, metais preciosos, como ouro e prata, há muito são usados como lastro em tempos de inflação e volatilidade do mercado. E agora os diamantes estão desempenhando o mesmo papel. “Nos últimos 3 anos, grandes diamantes com grau de investimento de clareza impecável superaram significativamente o SPX (o índice S&P 500) e o ouro, demonstrando seu valor como um hedge de inflação”, Auslander compartilhou no mês passado durante o lançamento do terceiro IPO da empresa.
“Quero que as pessoas possam dizer: ‘Eu tenho este Tutti Frutti da Cartier da década de 1930 ou este diamante rosa da Argyle Diamond Mine’”, disse Auslander. Curiosamente, a Argyle Diamond Mine está fechada e não haverá mais diamantes rosa extraídos da terra – nunca mais. Escassez como essa torna a posse de joias raras, mesmo sendo ações fracionárias, muito mais valiosa e desejável.
Marcas de joias ganham um novo mercado
Marcas de joias de luxo estão ansiosas para participar da securitização e venda fracionada de suas gemas por vários motivos. Primeiro, fornece uma maneira de baixo risco para as marcas serem percebidas como inovadoras e “avançadas em tecnologia”. Muitos tentaram uma incursão no mundo dos NFTs com resultados menos do que estelares.
Também permite que as marcas de joias alcancem um público muito maior – usando efetivamente o mercado de capitais como um novo canal de vendas.
Isso é particularmente atraente para marcas que têm lutado para competir com os maiores conglomerados, como Sotheby’s e Christie’s, e para aquelas marcas que sentiram o impacto do declínio significativo no turismo asiático. Os consumidores chineses compram cerca de um terço dos bens de luxo do mundo. E enquanto em 2019 quase três milhões de turistas chineses visitaram os EUA, esse número caiu para menos de meio milhão no ano passado.
Luxo está em alta no mercado
Enquanto os três primeiros IPOs da LUXUS foram diamantes, Auslander tem planos de oferecer ações de diferentes produtos de luxo a investidores em um futuro próximo. “Estamos começando com pedras preciosas e joias, mas queremos entrar em outras classes de ativos – todos os ativos que são considerados paixões e atividades.” Ela mencionou que vinhos, relógios raros, automóveis clássicos e joias de marca podem estar no horizonte. “Planejamos lançar um novo ativo durante a Fashion Week – um colar que foi usado por uma pessoa muito famosa no Oscar em 2022.”
Auslander está oferecendo às mulheres a oportunidade de investir em algo que podem ver como um investimento viável e amar como uma classe de ativos, da mesma forma que os homens adoram relógios. “No começo, todo mundo olhou para mim como se eu fosse louca”, disse ela. “E agora que a LVMH está entre as 10 maiores empresas do mundo, e o luxo está superando a saúde e a grande tecnologia, a LUXUS está recebendo muita atenção e respeito.”
Quem são as mulheres na lista de bilionários de 2023:
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1. Françoise Bettencourt Meyers e família
Patrimônio líquido: US$ 80,5 bilhões| Idade: 69 | Fonte de riqueza: L’Oreal | Cidadania: França
A herdeira da L’Oréal mantém o título de mulher mais rica do mundo pelo terceiro ano consecutivo, graças ao aumento de 12% das ações da gigante de cosméticos desde o ano passado. Além de ter prometido destinar US$ 230 milhões (R$ 1,1 bilhão) junto com a L’Oréal para a reconstrução da Catedral de Notre Dame, ela contratou recentemente um diretor para sua empresa de investimentos, a Téthys Invest, que apoia projetos como a operadora francesa de hospitais privados Elsan.
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2. Julia Koch e família
Patrimônio líquido: US$ 59 bilhões| Idade: 60 | Fonte de riqueza: Koch Industries | Cidadania: EUA
A viúva de David Koch (falecido em 2019) possui 42% do conglomerado Koch Industries ao lado de seus três filhos. Koch supervisiona a Fundação David H. Koch, por meio da qual ela e seu falecido marido doaram aproximadamente US$ 1,8 bilhão (R$ 9,1 bilhões) para causas como pobreza, questões relacionadas ao vício, justiça criminal e educação. Em janeiro, ela foi nomeada conselheira do Metropolitan Museum of Art.
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Rick T. Wilking/Getty Images 3. Alice Walton
Patrimônio líquido: US$ 56,7 bilhões| Idade: 73 | Fonte de riqueza: Walmart | Cidadania: EUA
Ela herdou uma participação no Walmart de seu pai, o cofundador Sam Walton (falecido em 1992). Alice Walton é bem conhecida no estado natal da família, Arkansas, por abrir o Crystal Bridges Museum of American Art em sua cidade, Bentonville, com obras de nomes como Warhol, Rockwell e Rothko.
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Getty Images 4. Jacqueline Mars
Patrimônio líquido: US$ 38,3 bilhões| Idade: 83 | Fonte de riqueza: Mars | Cidadania: EUA
Mars e seu irmão, John Mars, possuem cada um cerca de um terço da gigante multinacional de doces e alimentos para animais de estimação Mars Inc., que produz doces como M&M’s, Hubba Bubba e Snickers. A empresa foi fundada por seu avô, Frank C. Mars, em 1911.
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5. Miriam Adelson e família
Patrimônio líquido: US$ 35 bilhões| Idade: 77 | Fonte de riqueza: Cassinos| Cidadania: EUA
Adelson é acionista majoritária da Las Vegas Sands, a maior operadora de cassino do mundo. Ela herdou a participação depois que seu marido, Sheldon Adelson, líder do Partido Republicano dos EUA, morreu em 2021. Miriam é médica e doou quase US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões) ao longo de sua vida para financiar pesquisas e descobertas de medicamentos, de acordo com estimativas da Forbes.
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6. Rafaela Aponte-Diamant
Patrimônio líquido: US$ 31,2 bilhões| Idade: 78 | Fonte de riqueza: MSC | Cidadania: Itália
Aponte-Diamant se junta às 10 mulheres mais ricas do mundo este ano, em que a Forbes renovou sua avaliação da MSC, uma das maiores companhias marítimas do mundo, que ela fundou com seu marido Gianluigi em 1970 com apenas um navio. Rafaela e Gianluigi já foram listados juntos; em 2023, a Forbes separou o casal como bilionários individuais como parte de uma ampla revisão de como categorizamos as riquezas compartilhadas.
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7. Susanne Klatten
Patrimônio líquido: US$ 27,4 bilhões| Idade: 60 | Fonte de riqueza: BMW, farmacêutica | Cidadania: Alemanha
Susanne Klatten possui 19% da montadora alemã BMW. Sua mãe foi a terceira esposa do lendário industrial Herbert Quandt, que levou a BMW à proeminência no mercado de luxo. Klatten, uma economista com MBA, também é dona da Altana, uma empresa química fundada por seu avô.
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Brendon Thorne/Getty Images 8. Gina Rinehart
Patrimônio líquido: US$ 27 bilhões | Idade: 69 | Fonte de riqueza: Mineração | Cidadania: Austrália
A magnata australiana preside a empresa de mineração e agricultura Hancock Prospecting Group. Ela herdou o negócio de seu pai, Lang Hancock (falecido em 1992). Sua fortuna caiu 11% desde março de 2022, em grande parte devido à queda nos preços do minério de ferro, mas ela continua sendo a pessoa mais rica da Austrália.
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9. MacKenzie Scott
Patrimônio líquido: US$ 24,4 bilhões | Idade: 52 | Fonte de riqueza: Amazon | Cidadania: EUA
Scott herdou 4% da Amazon após seu divórcio de Jeff Bezos em 2019 – e começou a doar sua fortuna em um ritmo acelerado. Até agora, ela doou mais de US$ 14 bilhões (R$ 70,8 bilhões) para cerca de 1.600 instituições de caridade por meio da sua organização Yield Giving.
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10. Iris Fontbona e família
Patrimônio líquido: US$ 23,1 bilhões | Idade: 80 | Fonte de riqueza: Mineração | Cidadania: Chile
A mulher mais rica da América Latina, Fontbona é viúva do magnata chileno Andrónico Luksic (falecido em 2005), que construiu um império na mineração e nas bebidas. Juntamente com seus dois filhos, ela possui e preside a Antofogasta plc, uma mineradora com sede no Chile especializada na produção de cobre, e detém uma participação significativa na Quiñenco, uma holding de capital aberto que faz negócios em manufatura, bancos e bebidas.
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Bloomberg 100. Vicky Safra e família
Patrimônio líquido: US$ 16,6 bilhões | Idade: 70 | Fonte de riqueza: Banco Safra | Cidadania: Grécia, mas naturalizada no Brasil
Vicky Safra e seus quatro filhos herdaram a fortuna do falecido bancário brasileiro Joseph Safra. Naturalizada brasileira, a viúva do banqueiro nasceu na Grécia e se mudou para o Brasil com sua família ainda criança. Depois de anos em terras brasileiras, hoje ela vive em Crans-Montana, na Suíça. Jacob Safra, 46, é responsável pelo banco suíço J. Safra Sarasin, pelo Safra National Bank de Nova York e pelos imóveis da família nos Estados Unidos. David Safra, 37 anos, administra o Banco Safra no Brasil e as participações imobiliárias brasileiras do Grupo J. Safra. Alberto Safra, 42, deixou a diretoria do Banco Safra em 2019 e mora em São Paulo. No último ano, a Forbes juntou a fortuna dos irmãos com o patrimônio de sua mãe, o que os tornou as pessoas mais ricas do país.
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Getty 1905. Ana Lucia de Mattos Barretto Villela
Patrimônio líquido: US$ 1,5 bilhão | Idade: 49 | Fonte de riqueza: Itaú Unibanco e Duratex | Cidadania: Brasil
Ana Lucia pertence a uma das famílias bancárias mais antigas do Brasil e é a bilionária mais jovem do Brasil. Seu bisavô fundou o banco Itaú, que se fundiu com o Unibanco em 2008 para formar o Itaú Unibanco, o maior banco privado da América Latina. Ela é uma das maiores acionistas individuais do Itaúsa, holding do banco, com cerca de 12% das ações ordinárias e 3% das ações preferenciais, e membro do conselho de administração do grupo desde 2018. Seu avô fundou a Duratex, fabricante brasileira de painéis de madeira e louças sanitárias de capital aberto; ela é acionista. Ela se tornou acionista do banco quando tinha 8 anos, quando seus pais morreram em um acidente de avião em 1982. Formou-se em pedagogia e hoje é presidente do Instituto Alana, Ong de impacto socioambiental com foco em crianças fundada por ela e seu irmão Alfredo.
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Arquivo_Amaggi 2020. Lucia Maggi e família
Patrimônio líquido: US$ 1,4 bilhão | Idade: 90 | Fonte de riqueza: Grupo André Maggi | Cidadania: Brasil
Lucia Borges Maggi é a única bilionária brasileira que não herdou sua fortuna. Ela é cofundadora do Grupo André Maggi, a Amaggi, um dos maiores produtores do agro brasileiro. A empresa atua na originação de grãos, produção de soja, milho e algodão, operações portuárias, rodoviárias e fluviais, e geração e comercialização de energia elétrica. A Amaggi nasceu em 1977. Há cerca de 10 anos, a matriarca se afastou de seu papel no conselho de administração da companhia e hoje figura como acionista.
1. Françoise Bettencourt Meyers e família
Patrimônio líquido: US$ 80,5 bilhões| Idade: 69 | Fonte de riqueza: L’Oreal | Cidadania: França
A herdeira da L’Oréal mantém o título de mulher mais rica do mundo pelo terceiro ano consecutivo, graças ao aumento de 12% das ações da gigante de cosméticos desde o ano passado. Além de ter prometido destinar US$ 230 milhões (R$ 1,1 bilhão) junto com a L’Oréal para a reconstrução da Catedral de Notre Dame, ela contratou recentemente um diretor para sua empresa de investimentos, a Téthys Invest, que apoia projetos como a operadora francesa de hospitais privados Elsan.