A maioria (58%) das mães ainda é responsável pelos cuidados da família e da casa, mostra a sexta edição do Annual State of Motherhood Report, feito pela plataforma norte-americana de conteúdo para mães Motherly. Crescer na carreira junto da maternidade é um desafio em meio a preocupações com gastos e possíveis crises financeiras. Não é novidade que, segundo o relatório, a saúde mental seja a principal preocupação das mães no mercado de trabalho.
Com uma escassez de políticas de suporte para mães trabalhadoras, elas encontram suporte para trabalhar em redes de apoio e familiares. Entretanto, a sociedade ainda as culpa por deixar suas crianças em casa e sob o cuidado de outras pessoas.
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De olho nisso, reunimos 11 mães executivas que compartilharam suas experiências e os desafios entre a carreira e a família. Confira:
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Divulgação Michelle Wadhy, co-fundadora da Fast Escova
Michelle Wadhy, uma das fundadoras da Fast Escova, é empreendedora e mãe. Mesmo sem chances de gestar após ter câncer, ela engravidou. Junto com sua sócia, ela teve a ideia de um negócio de beleza rápido pela dificuldade de conciliar a rotina de empreendedora, mãe e cuidados com a casa. “Muitas vezes abdicamos da nossa própria vida para viver a dos filhos. Foi pensando nisso que surgiu a Fast Escova, um negócio de beleza que não precisa de hora marcada, para mulheres que, assim como eu, precisam conciliar com equilíbrio as diversas tarefas do seu dia”, diz Wadhy.
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Divulgação Camilla Junqueira, diretora geral da Endeavor Brasil
Para Camilla Junqueira, a síndrome do impostor é a grande responsável por barreiras entre a vida profissional e pessoal. “Acho importante a gente não se iludir sobre escolher se desenvolver na carreira e ser mãe. Se queremos tudo, haverá um custo. Minha filha tem dois anos de idade e sempre acho que estou fazendo menos do que deveria por ela”, diz Junqueira. “Você vai entender que abrir mão de momentos profissionais ou familiares faz parte do jogo e que, na verdade, os pratos não estão caindo, é só sua autocobrança a ser trabalhada. A maternidade traz uma maior força de vontade para você querer ser exemplo.”
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Divulgação/Bio Ritmo Julia Michelin, diretora geral da Bio Ritmo
A filha de seis anos de Julia Michelin é o maior e melhor presente da executiva, mas ela não romantiza a gravidez. “Em 2015, assumi meu primeiro cargo de liderança como gerente geral de ginástica da Bio Ritmo e engravidei ao mesmo tempo. Não foi nada fácil”, diz Michelin. “Teve uma fase em que fiquei muito neurótica achando que não daria conta, que não daria certo minha carreira. Pensava que precisava mostrar muito mais produtividade e continuar treinando para ser uma mãe fitness. No entanto, minha mãe e filha sempre foram fundamentais para me manter no eixo.”
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Divulgação Ingrid Barth, presidente da Abstartups (Associação Brasileira de Startups)
Ingrid Barth, presidente da Abstartups, é mãe da Maya. Ela trabalha para que a filha cresça numa sociedade mais inclusiva e diversa, principalmente pela experiência que teve no ramo de finanças e tecnologias – duas áreas dominadas por homens. “Quero que Maya entenda que não vai precisar abrir mão de nada na vida por ser mulher”, diz Barth. “Espero que ela tenha uma jornada diferente da minha, porque precisei enfrentar muitos desafios e dificuldades por trabalhar numa área tradicionalmente masculina.”
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Divulgação Mariana Chaves, diretora financeira da Flexpag
Mariana Chaves é sócia e diretora financeira da Flexpag. Para ela, ser mãe e empreender ao mesmo tempo não foi uma tarefa fácil, mas a rede de apoio familiar a permitiu conciliar bem os dois papéis. “Para conciliar a minha vida de mãe e profissional, eu aprendi que é essencial saber gerenciar o meu tempo e estabelecer prioridades”, diz Chaves. “Como mãe, vi que qualidade de tempo é muito mais importante que quantidade. E, por ser empreendedora, o negócio demanda minha atenção constante em todas as suas etapas. Para me dar bem em todas essas áreas, preciso primeiro estar bem comigo mesma.”
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Divulgação Luciana Precaro, diretora de consórcios da Sinqia
Luciana Precaro é diretora de consórcios na Sinqia e mãe da Valentina. Antes do nascimento da Valentina, a executiva acreditava que iria precisar abrir mão das coisas em sua carreira para ser mãe. “Existe um preconceito de que a mãe vai entregar menos, mas acontece o contrário: a mãe vira uma leoa e entrega mais”, diz Precaro. “O que eu acho que faltam nas empresas é ter mais abertura para ouvir as próprias mães, sobre o que poderia facilitar a vida delas, e, talvez, trazer conteúdos, momentos de trocas de melhores práticas.”
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Divulgação Dagmar Rivieri (Tia Dag), fundadora da ONG Casa do Zezinho
Dagmar Rivieri, conhecida como Tia Dag, é mãe e fundadora da Ong Casa do Zezinho. A educadora lidera a organização há 29 anos e já ajudou cerca de 30 mil crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. “Eu criei o meu filho junto com as outras crianças da ONG”, diz Tia Dag. Seu conceito de família nunca foi tradicional de “pai, mãe e filhos”, mas sempre foi o de “família humana”. Hoje, o filho é presidente da Casa do Zezinho.
Para ela, o maior aprendizado da maternidade é a doação. “Se doar é entender que aquele ser é diferente de você, que é preciso ter olhar, escuta, compreensão e paciência.”
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Divulgação Maria Mestriner Colli, fundadora da Pampili
Maria Mestriner Colli, fundadora da Pampili, estava grávida de cinco meses e tinha 24 anos quando decidiu abrir a empresa. “Era uma jovem sonhadora, com desejo enorme de empreender. Eu engravidei no meio do processo de planejamento e não pensei em desistir em momento nenhum”, diz Colli. Seus filhos Diego, hoje é CCO da Pampili, e Guilherme cresceram dentro da empresa. Para outras crianças, o caminho foi semelhante. Hoje, 80% dos funcionários da Pampili são filhos de atuais e ex-empregados da companhia.
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Divulgação Bruna Milet, CMO da Sympla
A carioca Bruna Milet, além de CMO da Sympla, é mãe de Thiago e Rafael. A diretora está à frente das áreas de branding e performance da companhia e se divide entre São Paulo, onde vive com os filhos e o marido, e Belo Horizonte, onde está a sede da empresa. “A paternidade ativa é um fator importantíssimo para viabilizar a continuidade da carreira das mães”, diz Milet. “As empresas e lideranças também têm sua responsabilidade: nenhuma mãe ou pai deveria perder a apresentação da escola dos filhos ou o cuidado com sua criança doente por trabalho – essas pequenas flexibilidades fazem toda a diferença”.
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Divulgação Amanda Pinto, fundadora da N.OVO Plant Based
Amanda Pinto fundou a N.OVO, foodtech voltada para o mercado plant based, em 2019 e, hoje, é mãe de Maria Tereza. “Depois da chegada da minha bebê, desenvolvi a capacidade de gerir melhor o meu tempo, meus afazeres, priorizando demandas e delegando o que é possível – além de mais assertiva e objetiva”, diz Pinto. A empresária foi selecionada como Under 30 pela Forbes em 2020 e pela MIT Technology Review como Inventora do Ano.
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Divulgação Patricia Zaborowsky, diretora de RH da N26
Mãe de duas meninas, Patrícia Zaborowsky, diretora de RH da fincare N26, diz que o maior ganho adquirido com a maternidade é o equilíbrio. “Ser mãe me tornou uma profissional mais resiliente e me fez compreender que não temos controle de tudo”, diz Zaborowsky. “O trabalho remoto me ajuda muito a equilibrar os papéis de executiva e mãe ao me permitir estar em casa para ajudar na lição de casa e, ao mesmo tempo, ter reuniões.”
Michelle Wadhy, co-fundadora da Fast Escova
Michelle Wadhy, uma das fundadoras da Fast Escova, é empreendedora e mãe. Mesmo sem chances de gestar após ter câncer, ela engravidou. Junto com sua sócia, ela teve a ideia de um negócio de beleza rápido pela dificuldade de conciliar a rotina de empreendedora, mãe e cuidados com a casa. “Muitas vezes abdicamos da nossa própria vida para viver a dos filhos. Foi pensando nisso que surgiu a Fast Escova, um negócio de beleza que não precisa de hora marcada, para mulheres que, assim como eu, precisam conciliar com equilíbrio as diversas tarefas do seu dia”, diz Wadhy.