Coco Chanel nasceu em um alojamento para pessoas que não tinham casa e passou a adolescência em um orfanato, mas morreu numa cama do hotel Ritz, em Paris, depois de ganhar fama, notoriedade e dinheiro com seu trabalho e talento. Para uma mulher no começo do século 20, isso diz muito.
Sua criatividade e visão empreendedora a transformaram em uma das principais estilistas de todos os tempos. Mas não só isso. Coco Chanel foi também uma das mais inovadoras. Criou a ideia do Little Black Dress (o vestidinho preto) numa época em que as mulheres só usavam preto quando estavam de luto. E fez dele um sucesso mundial no pós-guerra. Foi também a primeira estilista a colocar sua marca em um perfume, o Chanel nº5.
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Para comemorar o aniversário de 140 anos de Coco Chanel, fizemos um apanhado de lições que podem ser retiradas de sua história pessoal e profissional.
5 lições para aprender com Coco Chanel
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Bettmann/Getty Images 1. Encontre seu oceano azul
Chanel cresceu em uma época em que as mulheres usavam espartilhos, corsets e mesmo anquinhas. Ela criou uma moda prática, para mulheres que trabalhavam, como ela, e não queriam ficar presas a roupas pesadas e apertadas a ponto de fazê-las desmaiar. Popularizou os looks com calças e suéteres estilo marinheiro, além de vestidos soltos e leves. Trocou as joias por bijus, usou tecidos simples e baratos, como jersey e tricô. Como não havia ninguém fazendo isso, nadou de braçada no novo estilo de vida que propunha com suas criações. Na foto, um leilão de um de seus little black dresses.
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Apic/Getty Images 2. Invista no networking
Por conta de sua origem pobre, Chanel não teria facilidade em se casar com um dos jovens aristocráticos que faziam parte de sua turma. Mas foi amante de alguns e circulava com eles pela França afora. Durante viagens e finais de semana em castelos, aprendeu sobre o que era chique e se inspirou na riqueza que a rodeava para algumas de suas criações. As roupas esportivas, usadas ao ar livre pela nobreza, foram uma fonte de inspiração. Um desses jovens aristocráticos, Arthur Edward “Boy” Capel, seu grande amor, foi o que primeiro financiou seu negócio. Com seu dinheiro, ela abriu a primeira loja de chapéus, na rue de Cambon, e logo foi capaz de devolver o investimento. Dizem que a embalagem do Chanel nº5 foi inspirada nas embalagens dos produtos de higiene pessoal de Capel. Acima, Chanel e Capel em uma viagem ao litoral da Espanha.
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3. Você não precisa inventar a roda
Chanel não era uma estilista de grandes invenções. Seu legado é que soube adaptar o que já existia e dar uma nova cara e glamour a coisas cotidianas. Elsa Schiaparelli, a estilista italiana surrealista que Chanel encarava como rival, era capaz de criar os looks mais inusitados e usava muitas cores em suas roupas. E foi tida como a inventora do rosa choque. Mas só agora vem sendo celebrada e nunca teve a fama de sua rival que, dizem, um dia declarou: “Se ela inventou o pink, eu inventei o bege.” Acima, aliás, um de seus famosos tailleurs, em bege, segundo a legenda, durante um desfile.
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Picture Alliance/Getty Images 4. Diversificar é importante
Chanel começou com chapéus mas logo expandiu para roupas e, depois, perfumes. Hoje, um dos principais negócios das maisons, a ideia foi colocada em prática pela primeira vez pela francesa em 1921.
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Sasha/Getty Images 5. Leia as tendências
A ideia de simplicidade de Chanel caiu muito bem no pós-guerra. Na década de 1920, as famílias europeias estavam em luto, as esposas ficaram viúvas e a ideia de mulher frágil que dependia de um homem para tudo começava a ser questionada. Luxo demais não fazia sentido. Nessa época, que exigia maior praticidade e independência, Chanel surgiu com tecidos práticos e peças fáceis de usar. E também com o corte à la garçon, hoje conhecido como Chanel, com fios retos e pescoço aparente, que não precisava de penteados elaborados e que gastavam tempo e precisavam de empregadas para serem feitos.
1. Encontre seu oceano azul
Chanel cresceu em uma época em que as mulheres usavam espartilhos, corsets e mesmo anquinhas. Ela criou uma moda prática, para mulheres que trabalhavam, como ela, e não queriam ficar presas a roupas pesadas e apertadas a ponto de fazê-las desmaiar. Popularizou os looks com calças e suéteres estilo marinheiro, além de vestidos soltos e leves. Trocou as joias por bijus, usou tecidos simples e baratos, como jersey e tricô. Como não havia ninguém fazendo isso, nadou de braçada no novo estilo de vida que propunha com suas criações. Na foto, um leilão de um de seus little black dresses.