A Academia de Hollywood anunciou nesta terça-feira (23) os indicados ao Oscar 2024. A francesa Justine Triet é a única mulher entre os cinco candidatos ao prêmio de melhor direção. Em 2023, nenhuma mulher foi indicada.
A cerimônia de entrega está marcada para o dia 10 de março e Triet pode ser a quarta diretora a levar um Oscar nessa categoria, pelo seu longa “Anatomia de uma queda” – também indicado a melhor filme, roteiro original e atriz (Sandra Hüller).
Pela primeira vez, três mulheres dirigiram obras indicadas à categoria principal, de melhor filme. Além de Triet, estão Greta Gerwig, por “Barbie”, e Celine Song, por “Vidas Passadas”.
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O thriller francês “Anatomia de uma Queda” detalha a tentativa de uma mulher de provar sua inocência na morte de seu marido. O longa também rendeu à diretora de 45 anos os prêmios de melhor filme em língua não inglesa e o de melhor roteiro no Globo de Ouro este ano, e a Palma de Ouro em Cannes, o maior prêmio do festival de cinema. A francesa foi a terceira mulher a receber este último.
Mulheres no Oscar
Em quase um século de Oscar, cineastas mulheres concorreram ao prêmio de melhor direção nove vezes – Jane Campion foi indicada duas vezes – e três levaram a estatueta.
A cineasta norte-americana Kathryn Bigelow se tornou a primeira mulher a receber o Oscar de melhor direção, na 82ª edição da premiação, em 2010, por “Guerra ao Terror”, que também levou prêmios de melhor filme, com Bigelow na produção, e em outras quatro categorias.
Em 2021, a estatueta foi para Chloé Zhao, a segunda mulher a receber a estatueta e a primeira não-branca, por “Nomadland”, que também levou o maior prêmio da noite, o de melhor filme.
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No ano seguinte, mais uma mulher foi premiada, a diretora neozelandesa Jane Campion por seu trabalho no filme “Ataque dos Cães”. Campion também foi a primeira mulher a receber duas indicações para o Oscar de melhor direção, sendo a primeira delas na 66ª edição da premiação, pelo filme “O Piano”
A cineasta italiana Lina Wertmüller foi a primeira mulher indicada ao Oscar de melhor direção, na 49ª edição do prêmio, por “Pasqualino Sete Belezas”, mas não levou a estatueta.