Laiz Carvalho, economista-chefe do BNP Paribas, uma das poucas a chegar em cargos de liderança no mercado financeiro
Mulheres ocupam apenas 34% dos cargos C-Level (diretoria e vice presidência) em instituições financeiras no país, segundo um mapeamento feito pela consultoria de Recursos Humanos Fesa Group. O estudo foi feito com 82 empresas do mercado financeiro e reuniu 249 profissionais.
Quando se avalia os departamentos separadamente, a área de Recursos Humanos, tradicionalmente, é onde há maior presença feminina (62%). Em seguida, destaca-se Relações Institucionais e Sustentabilidade, onde elas apresentam 57%. As áreas de gestão patrimonial, jurídica e de finanças têm, respectivamente, 46,15%, 45,95% e 40% de mulheres ocupando os cargos no topo do mercaado financeiro.
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Ao olharmos para o cargo de CFOs e setores de riscos e corporate, o número de mulheres fica bem menor que o de homens: 30%, 28% e 20%. Já a área com o maior descompasso está em investment banking (IB), responsável por grandes operações. São apenas 17% de pessoas do sexo feminino em cargos de alta liderança.
Programas voltados para a conscientização de equipes e líderes podem abrir espaço para que mais mulheres ocupem cargos de liderança em áreas hoje dominadas por homens. “Há mulheres competentes de forma abundante para ocupar as posições que as empresas buscam, mas precisa haver intencionalidade”, diz Jaime Almeida, vice-presidente de diversidade e inclusão da Fesa.
Além do mapeamento das profissionais que podem ocupar esse tipo de cargo dentro de uma empresa, é necessário ainda incentivar e acelerar carreiras de executivas e “facilitar as reflexões com as altas lideranças sobre os melhores caminhos para construir equidade de gênero”, recomenda a consultoria.
