Uma das mentes mais brilhantes em inteligência artificial, Fei-Fei Li levou apenas quatro meses para levar sua startup a uma avaliação de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões).
Conhecida como “madrinha da IA”, Li fundou a World Labs em abril. Desde então, a empresa recebeu duas rodadas de investimento, segundo o Financial Times, com aportes da Andreessen Horowitz e do fundo Radical Ventures, do qual Li é sócia.
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A World Labs trabalha com processamento visual e raciocínio avançado. A startup explora maneiras de tornar a IA mais parecida com a cognição humana – similar ao que o ChatGPT está tentando desenvolver com a IA generativa.
Carreira múltipla
Líder em inteligência artificial da Universidade de Stanford, uma das melhores do mundo, Fei-Fei Li também é co-criadora do ImageNet, um banco de dados de reconhecimento de objetos visuais que marcou o início da revolução do deep learning (subcampo do aprendizado de máquina).
É cofundadora da AI4ALL, uma organização sem fins lucrativos dedicada a promover a diversidade e inclusão na educação, pesquisa, desenvolvimento e políticas de IA.
Também leva no currículo passagens por gigantes da tecnologia, como cientista-chefe de IA no Google Cloud entre 2017 e 2018 e membro do board do X (ex-Twitter) desde 2020.
É autora de mais de 100 artigos científicos e recebeu inúmeras honrarias, incluindo o IBM Faculty Fellow Award, concedido a acadêmicos e professores universitários que demonstram excelência em pesquisa e ensino nas áreas de STEM, o Alfred Sloan Faculty, programa de bolsas concedido pela Sloan Foundation, e o NSF Career Award, destinado a apoiar professores universitários, em 2009.
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Fei-Fei Li na corrida da IA
Em meio à acirrada corrida da IA, a professora e cientista da computação quer garantir que todos tenham voz no desenvolvimento dessa tecnologia. Mais do que isso, ela defende que o ser humano esteja no centro dessa construção.
Esses e outros temas são abordados no livro “Os mundos que vejo”, publicado em novembro de 2023. Nele, Li conta sua história como imigrante chinesa nos EUA e fala do futuro tecnológico. Relata sua jornada como cientista e seus trabalhos em pesquisas de ponta em IA, reconhecimento e rotulagem de imagens e como professora no departamento de ciência da computação de Stanford nos últimos 14 anos.
Em conversas com o Presidente Biden, dos EUA, pediu maior envolvimento e investimento do governo na regulamentação da IA e na provisão de recursos computacionais para seu uso em áreas como saúde e clima, que beneficiam o público.